Por Mila Schneider-Lavelle *
Na manhã de 7 de outubro de 2023, o horror tomou conta do Kibutz Nir Oz, em Israel. O grupo terrorista Hamas lançou um ataque coordenado, rompendo a fronteira com Gaza e invadindo casas de civis desarmados, matando brutalmente centenas de pessoas e levando dezenas de reféns. Entre eles, Shiri Bibas (32 anos), seus dois filhos pequenos, Ariel (4 anos) e Kfir (9 meses), além do marido, Yarden Bibas.
Os momentos do sequestro foram registrados em vídeos e imagens aterrorizantes, mostrando Shiri abraçada aos filhos, tentando protegê-los enquanto era arrastada por terroristas armados. O rostinho assustado de Ariel do bebê Kfir tornaram-se símbolos da brutalidade do Hamas.
Desde aquele dia, o nome da família Bibas ecoou pelo mundo. Kfir, com apenas 9 meses, tornou-se o refém mais jovem sequestrado pelo Hamas, enquanto imagens de Ariel e sua mãe viralizaram como um símbolo da dor e injustiça do ataque terrorista.

Foto do sequestro da família Bibas, mostrando Shiri desesperada segurando seus filhos enquanto são levados como reféns pelos terroristas do Hamas.
A Manipulação do Hamas e a Angústia da Família
Durante meses de incerteza, a família Bibas e a sociedade israelense esperaram por respostas. No entanto, o Hamas se recusou a dar provas de vida e, pior ainda, começou a usar os reféns como ferramenta de guerra psicológica.
Em novembro de 2023, os terroristas divulgaram um comunicado dizendo que Shiri e as crianças haviam morrido em um bombardeio israelense – uma mentira cruel que não foi comprovada com nenhuma evidência. Israel exigiu provas, enquanto a pressão global aumentava para que os reféns fossem devolvidos.
Enquanto isso, a dor da família aumentava. Yarden Bibas, que havia sido sequestrado separadamente, foi mantido em cativeiro durante quase 500 dias, sem saber o destino da esposa e dos filhos.
A Entrega Parcial dos Corpos: O Golpe Mais Cruel
Após intensas negociações e pressões diplomáticas, o Hamas finalmente entregou os corpos de Ariel e Kfir no dia 20 de fevereiro de 2025. A notícia foi recebida com profunda dor por Israel, que ainda tinha esperança de encontrá-los vivos.
Desde o início, a imagem dos irmãos Bibas cativou e comoveu o mundo. Kfir se tornou o refém mais jovem do Hamas, tendo sido sequestrado com apenas 9 meses de vida. Por meses, Israel e a comunidade internacional exigiram informações sobre o paradeiro da família.
A análise forense revelou uma verdade horrenda:A análise forense revelou uma verdade horrenda:
• Ariel e Kfir não morreram em um ataque aéreo, mas foram assassinados brutalmente pelos sequestradores.
• Os exames indicaram que as crianças foram estranguladas ou sufocadas ainda em novembro de 2023, desmentindo as alegações do Hamas.
A revelação causou revolta nacional e internacional. Como um grupo terrorista pode sequestrar bebês e depois matá-los friamente?
Mas o horror não parou por aí: o Hamas entregou os corpos das crianças, mas reteve o de Shiri Bibas.
Essa atitude é um ato de tortura psicológica extrema, demonstrando o desprezo do Hamas pela humanidade. O governo de Israel classificou o episódio como “uma violação hedionda do direito internacional e um crime contra a dignidade humana.

José Luis (Yossi) Silberman e sua esposa, Margit, pais de Shiri, avós dos meninos assasinados pelo grupo terrorista do Hamas.
O Uso da Tragédia como Propaganda
O Hamas não apenas assassinou toda a família Bibas, mas também usou sua dor para fins de propaganda. No dia da devolução dos corpos, o grupo organizou um desfile grotesco em Gaza, exibindo caixões com os nomes das crianças, enquanto apoiadores celebravam e gritavam palavras de ordem contra Israel. Eles também assassinaram os pais de Shiri.
Por toda Israel, a comoção veio acompanhada de indignação. O presidente Isaac Herzog deu voz ao sentimento nacional ao pedir perdão publicamente à família Bibas “por não tê-los protegido naquele dia terrível, por não tê-los trazido para casa em segurança” . A declaração de Herzog refletiu a dor coletiva e a sensação de falha do Estado em salvar os mais vulneráveis. Ao mesmo tempo, muitos israelenses manifestaram revolta diante da barbárie do Hamas – com alguns líderes chegando a clamar para “destruir os inimigos de Israel” em resposta a tamanha crueldade.
O Processo de Luto e as Homenagens às Crianças
Com a confirmação das mortes, Israel voltou-se a dar um último adeus digno à família Bibas. Hoje 26 de fevereiro de 2025, realizou-se o funeral em Israel de Shiri, Ariel e Kfir – uma cerimônia marcada por intensa comoção e simbolismo. Milhares de israelenses saíram às ruas ao longo do trajeto de cerca de 60 km entre Tel Aviv e o sul de Israel, enquanto o cortejo fúnebre seguia em direção ao kibutz Nir Oz, local de origem da família . Muitos vestiam a cor laranja ou carregavam balões laranja, que se tornou o símbolo dos reféns em homenagem aos cabelos ruivos de Ariel e Kfir . Pessoas emocionadas aplaudiam ou choravam silenciosamente, empunhando bandeiras de Israel e fotos da família – uma demonstração de união nacional de luto.
A Luta por Justiça e o Legado da Família Bibas
A tragédia da família Bibas não será esquecida. Seu nome agora se tornou um símbolo da resistência contra o terrorismo, mobilizando Israel e o mundo em busca de justiça.
Líderes internacionais denunciaram o Hamas como “um grupo que comete crimes contra a humanidade”, enquanto Israel intensificou sua missão de resgatar os reféns restantes e erradicar essa ameaça.
A história de Shiri, Ariel e Kfir Bibas agora vive na memória coletiva, como um lembrete de que o mal não pode prevalecer e de que a justiça deve ser feita.
*Mila Schneider Lavelle é especialista em Marketing e Teologia, com experiência como Head Manager de Marketing. Influenciadora digital com foco em temas internacionais, especialmente sobre o Oriente Médio.
Click aqui e receba notícias em primeira mão