Símbolo de fé, resistência e da luta contra o sistema, a irmã Ilda marcou presença neste domingo (6) no ato pela anistia aos presos do 8 de janeiro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Com a Bíblia nas mãos e palavras firmes, ela emocionou os manifestantes ao relembrar sua participação no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, e ao fazer um apelo em defesa das pessoas que ainda estão presas.

Em entrevista exclusiva ao portal Pleno.News, a idosa contou que permaneceu no QG de 4 de novembro de 2022 até 9 de janeiro de 2023, data em que as forças de segurança desmontaram o acampamento. “Jesus me tirou de lá”, disse, emocionada.

— Eu estou aqui por essa boa causa. Eu estive no QG do dia 4 de novembro até o dia 9 de janeiro. Saí de lá no dia 9, a polícia tinha entrado. Jesus me tirou de lá. Mas tem as vítimas como a Adalgiza [Maria Dourado], 65 anos, depressiva, está lá sofrendo, e nós estamos lutando porque queremos ver sair todas que estão presas na Colmeia, que estão asilados em outro país, que estão presos em outros estados. Nós estamos lutando por essa causa. Anistia já! – exclamou irmã Ilda, diante de aplausos.

O nome de Adalgiza Maria Dourado, citada pela religiosa, ficou conhecido por sua história de saúde fragilizada e pela repercussão de seu caso entre apoiadores da pauta pró-anistia. A referência à Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, também se tornou um símbolo dos pedidos por liberdade.

A irmã Ilda se tornou um dos rostos mais marcantes da manifestação, vista como uma figura de resistência espiritual e motivação para os demais presentes. A mobilização deste domingo reúne apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e diversas lideranças políticas e religiosas.

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