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ECONOMIA Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025, 13:39 - A | A

Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025, 13h:39 - A | A

MATERIAL ESCOLAR

CDL Cuiabá propõe criação de cartão para combater queda nas vendas nas papelarias

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL) articula junto ao Poder Público a implantação de um Cartão Material Escolar para que os pais possam comprar os kits escolares dos filhos nas papelarias da cidade, a partir de 2026.    

 

Atualmente, tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura de Cuiabá entregam gratuitamente kits escolares aos estudantes. Mesmo sendo uma política pública positiva, há um reflexo negativo nas vendas das papelarias da capital.    

 

Marcelo Dorileo, proprietário de três lojas de papelaria e com 18 anos de experiência no mercado, é um dos principais defensores do Cartão Material Escolar, por um motivo simples: a maioria dos fornecedores licitados pelas secretarias de Educação tem sido empresas de fora de Cuiabá.    

 

“Com isso, a volta às aulas, que seria o nosso período de maior fluxo de vendas, não tem gerado bons resultados. Principalmente neste ano, em que o custo dos produtos aumentou muito devido à alta do dólar”, afirma. De acordo com ele, a retomada da compra de produtos no comércio cuiabano é fundamental para a manutenção das empresas do setor.    

 

Na prática, a ideia é simples. As secretarias municipal e estadual cadastrariam papelarias e empresas que vendem produtos escolares, nas quais os pais de alunos passariam a ter crédito para realizar as compras. “Pode ser com o Cartão Material Escolar ou não. No caso do Governo do Estado, uma ótima ideia seria aproveitar o cartão do programa social SER Família”, pontua o presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam.    

 

Hoje, cidades como Brasília e São Paulo utilizam o Cartão Material Escolar com sucesso. O foco é fazer com que os recursos circulem dentro do estado, gerando empregos e arrecadação de impostos.    

 

“Em Mato Grosso, os municípios de Sorriso e Nova Xavantina já implantaram o voucher, e os resultados têm sido bem positivos. A ideia fomenta o comércio local e oferece aos pais a possibilidade de escolher itens de sua preferência, beneficiando tanto as famílias quanto a economia", argumenta Macagnam.    

 

O assunto vem sendo trabalhado pela CDL Cuiabá para que, em 2026, seja possível operacionalizar a adoção do cartão ou outra forma alternativa ao kit escolar. “Não somos contrários à política do kit escolar, mas nosso papel é apoiar e buscar soluções para setores do comércio local que estão enfrentando dificuldades”, destaca o presidente da entidade.    

 

Atualmente, o setor papeleiro mantém cerca de 20 mil empregos anualmente no estado de Mato Grosso.

 
 

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