O humorista e comunicador cuiabano Thiago Mourão respondeu às acusações feitas pelo União Brasil, partido do governador Mauro Mendes, após ter sido acionado na Justiça Eleitoral por um vídeo publicado em suas redes sociais. No vídeo, utilizando seu personagem "Xô Dito", Mourão ironizou pré-candidatos de Cuiabá para as eleições de 2024, incluindo o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho.
Em sua defesa, Thiago Mourão destacou o papel do humor como uma ferramenta potente, capaz de provocar reflexões e atingir questões sensíveis. "Sempre tive a liberdade de criticar figuras políticas e sempre exerci esse direito", afirmou, enfatizando a distinção entre seu trabalho como comunicador e sua expressão artística. Ele salientou sua longa trajetória na comunicação política desde 2008, mencionando participações em diversas campanhas eleitorais, inclusive sendo convidado para trabalhar na campanha de Botelho este ano, embora não tenha fechado o acordo.
"Se eu criticar qualquer um desses políticos que citei, tenho certeza que não terão essa mesma postura do Botelho", comentou Mourão, questionando o motivo pelo qual estaria sendo alvo de tentativas de silenciamento. Citando o Papa Francisco, destacou o papel dos humoristas em denunciar excessos de poder e dar voz a questões esquecidas, enquanto reiterava sua determinação em continuar exercendo seu papel de instigar e questionar por meio do humor.
"A pergunta que fica é: por que estão tentando me calar? Qual o problema em jogar holofote nas questões escondidas do BRT?", provocou o humorista, prometendo que ainda há muitas piadas por vir e que sua voz não será calada.
VEJA NOTA
CAPIVARA NEWS
Neste quadro, eu uso apenas de fatos noticiados pela imprensa e documentos oficiais. Acho que acabei atingindo um ponto muito sensível para o Botelho.
Isso mostra o quanto o humor é potente.
SEMPRE tive a liberdade de criticar figuras políticas e sempre exerci esse direito, então não confundam meu trabalho de comunicador com meu trabalho de artista.
Eu atuo em comunicação política desde 2008
Trabalhei nas campanhas de Emanuel Pinheiro, Mauro Mendes, Jayme Campos, Wellington Fagundes, Abílio Brunini. Esse ano eu fui inclusive convidado para trabalhar pro Botelho, mas não fechamos. Estou concluindo esse mês um trabalho de pré-campanha para o Reginaldo Teixeira (NOVO) e Miguel Vaz (PPS). Se eu criticar qualquer um desses políticos que citei, tenho certeza que não terão essa mesma postura do Botelho.
Nós, artistas, humoristas e jornalistas vamos continuar cumprindo o nosso dever de jogar luz, questionar e instigar.
Já o dever do Botelho, como parlamentar e político é o de esclarecer e ser transparente.
A pergunta que fica é: por que estão tentando me calar? Qual o problema em jogar holofote nas questões escondidas do BRT?
Como disse o Papa Francisco:
“os humoristas conseguem fazer sorrir mesmo quando lidam com problemas pequenos e grandes fatos da história. Vocês denunciam os excessos de poder; dão voz a situações esquecidas; evidenciam abusos;... quando vocês conseguem fazer com que risos inteligentes brotem dos lábios de até mesmo um só espectador, vocês também fazem Deus sorrir."
Para aqueles que me processaram e não “acharam graça”, talvez não tenham entendido a piada. Mas fiquem tranquilos que ainda tem muita piada pra ser feita. Não calarão a nossa voz.
