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GERAL Segunda-feira, 01 de Julho de 2024, 15:28 - A | A

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GRUPO DE EXTERMÍNIO

Comandante-geral da PM defende corporação após denúncias do MP" não são recebidos com flores"

As denúncias, que envolvem 23 mortes de civis, foram resultado da Operação Simulacrum, deflagrada em 2020. Segundo os promotores, as mortes foram consideradas execuções planejadas

 

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, manifestou-se em defesa da corporação após o Ministério Público Estadual (MPE) denunciar dezenas de policiais militares por supostas execuções de suspeitos.

 

As denúncias, que envolvem 23 mortes de civis, foram resultado da Operação Simulacrum, deflagrada em 2020. Segundo os promotores, as mortes foram consideradas execuções planejadas.

 

Em um artigo enviado à imprensa e publicado nas redes sociais, o coronel Mendes destacou que a tropa tem sua confiança e a confiança da sociedade mato-grossense, que sabe separar a realidade da ideologia. “Que sabe que as facções não têm por costume nos receber com flores”, afirmou.

 

Mendes argumentou que quando uma morte ocorre durante uma ocorrência, não se pode falar em homicídio doloso ou assassinato. “Principalmente porque, em regra, nenhum policial militar sai de casa para matar. Esse é o pressuposto que vale para o policial e para todo servidor público, que não existe para agir contra a lei”, explicou.

 

O comandante contestou a narrativa de uma "polícia que mata" em Mato Grosso, associada a um crescimento alarmante de mortes, que segundo o MPE, aumentou 880% entre 2015 e 2023 na Grande Cuiabá.

 

“Entender esse crescimento de mortes deve passar pela compreensão do aumento do poderio bélico das facções, pela impunidade, pelo congestionamento do Judiciário, pela morosidade do sistema e pela falta de leis efetivas”, argumentou.

 

Mendes reconheceu o papel vital do Ministério Público como fiscal da lei, mas ressaltou que também é passível de erros ou excessos.

 

“Sabemos, sem sombra de dúvida, que uma postura de grupo não se confunde com a séria instituição MP, nem haverá de dificultar o diálogo institucional”, disse.

 

Ele considerou incorreto responsabilizar a PM pelo aumento de mortes, uma vez que cada caso não foi individualizado em um processo nem descrito através de perícias conclusivas antes de garantir aos supostos autores o direito à ampla defesa.

 

“Firmados na legalidade estamos, juntos apesar de qualquer tentativa de intimidação. Não sou filho de pai assustado. Não somos. Quem anda na legalidade, a maioria absoluta da tropa, tem o meu respaldo. Sigamos em frente, a despeito dos profetas do caos”, concluiu.

 

As Denúncias:

 

Entre quinta e sexta-feira, o MPE denunciou dezenas de policiais militares por 23 mortes de civis, consideradas execuções. Os casos foram investigados pela Operação Simulacrum, deflagrada em 2020.

 

Os policiais são acusados de armar emboscadas para executar suspeitos de crimes em Cuiabá e Várzea Grande, com a ajuda de um segurança particular que recrutava assaltantes e avisava a PM sobre as ações.

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