Em transmissão ao vivo nas redes sociais dois dias antes do primeiro turno das eleições municipais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) distribuiu críticas ao candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), que não foi citado nominalmente para não "ganhar ibope". O principal nome do PL dobrou a aposta no apoio ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e aconselhou os eleitores a terem "cuidado com os novos amores".

— Jogo minhas fichas em São Paulo agora. Me segurei esses dias todos. Muita gente falou comigo e eu sabia o que tinha que fazer, mas eu precisei amaciar o terreno. Creio que se São Paulo for para a mão do Boulos, acabou com o Brasil. Não vou falar o terceiro nome, porque vocês devem conhecer muito bem. Se apaixonem, mas eu conheço muito bem a pessoa. Não vai se casando não. Olha se o cara não está no sistema — disse Bolsonaro.

A live contou com a participação do candidato a vice de Nunes, o Coronel Mello Araújo. Durante a transmissão, o ex-presidente também se referiu à Marçal como "fofoqueiro" ao relembrar uma fala do ex-coach sobre a disputa em Goiás.

Em setembro, o empresário afirmou que Bolsonaro havia se curvado ao Centrão e abandonado candidatos de direita no pleito deste ano em capitais como o Rio de Janeiro e São Paulo.

— Tem um fofoqueiro candidato a prefeito de São Paulo que diz que tirei o (Gustavo) Gayer (da disputa em Goiânia) para entregar para o Centrão. Mente descaradamente. Não vou falar o nome para não dar ibope para ele. O Gayer resolveu sair porque conversou comigo e tivemos um acerto. Não teve nada imposto.

Em junho, Bolsonaro anunciou que o deputado estadual de Goiás Fred Rodrigues seria o candidato do PL à prefeitura de Goiânia. A confirmação pôs fim a possibilidade de Gayer ser representante bolsonarista na capital goiana, estado em que o ex-presidente tem grande força política.

Na live, Bolsonaro também voltou a atacar Guilherme Boulos (PSOL), candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao afirmar que enxerga o deputado federal como um "petista piorado".

— São Paulo é o terceiro maior orçamento do Brasil. Se entregar esse trem para a esquerda, para o Boulos, vocês vão ver o que é inferno. Ouso dizer que o Boulos é um petista piorado. Se ele chegar, vai usar a máquina do Estado para colocar todo tipo de gente que não presta na prefeitura — apontou.

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