Nesta sexta-feira (20), novas informações sobre um suposto esquema de fraudes no Judiciário vieram à tona, com a denúncia do locutor de rodeio Juan Carlos Brandespin Rolon contra o desembargador João Ferreira Filho.
A acusação foi formalizada em uma notícia-crime enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a denúncia, João Ferreira Filho teria validado decisões judiciais que facilitaram fraudes em processos envolvendo a espoliação de terras avaliadas em R$ 300 milhões.
Rolon aponta que um advogado falsificou documentos de cessão de direitos, enquanto o magistrado ignorou provas da falsificação, proferindo decisões que beneficiaram o esquema.
O caso também revelou graves prejuízos fiscais, incluindo a emissão de notas fiscais falsas relacionadas ao confisco de terras.
Com base nas acusações, a Corregedoria Nacional de Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho.
Ambos, além de outros envolvidos, enfrentam processos disciplinares.
As investigações sugerem que os desembargadores mantinham relações estreitas com o falecido advogado e lobista Roberto Zampieri, que teria intermediado subornos em troca de decisões judiciais favoráveis.
Entre os benefícios supostamente recebidos, estão “presentes de elevado valor”.
A denúncia marca mais uma etapa na apuração de irregularidades no Tribunal de Justiça do Mato Grosso, com desdobramentos que prometem revelar um esquema de grande alcance e consequências devastadoras para o sistema judiciário.