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POLICIAL Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024, 08:24 - A | A

Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024, 08h:24 - A | A

CONTRA DESEMBARGADOR

PF deflagra nova operação contra venda de sentenças em Mato Grosso

Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um desembargador, cujo nome permanece em sigilo.

 

A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta sexta-feira (20), uma operação para investigar um esquema de venda de sentenças judiciais no Mato Grosso. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um desembargador, cujo nome permanece em sigilo. A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Histórico do caso

As investigações ganharam força após o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, em agosto deste ano. Ambos são suspeitos de receber vantagens financeiras para favorecer partes em processos judiciais, prática que envolvia também vazamento de informações sigilosas.

No dia 26 de novembro, a Operação Sisamnes prendeu o lobista Andreson Gonçalves, apontado como intermediário nas negociações ilícitas, e realizou buscas nas residências dos desembargadores em Cuiabá. Desde então, eles utilizam tornozeleiras eletrônicas, tiveram os passaportes recolhidos e seus bens bloqueados.

OPERAÇÃO

 

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) afirmou estar ciente do caso e reiterou sua colaboração com as autoridades.

A conexão com Roberto Zampieri

O esquema foi inicialmente identificado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que descobriu que os desembargadores mantinham vínculos estreitos com o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro do ano passado. Ele era suspeito de intermediar pagamentos ilegais para obter decisões favoráveis na Justiça.

Roberto Zampieri, de 57 anos, foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023, em Cuiabá — Foto: Reprodução

Zampieri foi morto com 10 tiros dentro de seu carro, em frente ao escritório onde trabalhava, em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado por disputas judiciais envolvendo duas fazendas em Paranatinga, avaliadas em R$ 100 milhões. A perda das propriedades teria levado o mandante a ordenar sua execução, desconfiando ainda de uma suposta proximidade entre Zampieri e um desembargador do caso.

Avanços nas investigações

A PF segue investigando uma ampla rede de corrupção, que inclui exploração de prestígio e organização criminosa. O objetivo é identificar todos os envolvidos no esquema e aprofundar as conexões entre os beneficiários das decisões judiciais e os magistrados.

Essa nova fase da operação reforça a gravidade do caso, destacando a necessidade de combater práticas que comprometem a integridade do sistema judicial.

 
 
 
 
 

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