Wilton Junior/Estadão
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva posa para foto com ministros do seu governo no Palácio da Alvorada
Wilton Junior/Estadão
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva posa para foto com ministros do seu governo no Palácio da Alvorada
Em almoço realizado nesta sexta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que pretende realizar mudanças no primeiro escalão de seu governo, embora tenha evitado falar em nomes específicos ou cargos. A decisão surge em um momento de pressão por parte de aliados no Congresso, que esperam ajustes a partir da eleição para as presidências da Câmara e do Senado em 2025.
A intenção de Lula é fortalecer sua base aliada para a disputa de 2026. De acordo com fontes próximas ao presidente, ele acredita que alguns políticos que hoje estão em seu governo podem não apoiar sua candidatura no próximo pleito, devido a bases eleitorais que o rejeitam.
Durante o encontro, que contou com a presença de ministros e outros membros do governo, Lula também abordou sua saúde, após os dois procedimentos cirúrgicos que realizou para tratar de uma hemorragia intracraniana. O presidente afirmou que, por questões de saúde, obedecerá às orientações médicas e reduzirá sua agenda de compromissos extenuantes pelos próximos 45 dias. Ele também mencionou que poderá fazer reuniões, mas evitaria viagens longas e cansativas.
A reunião, que substituiu a tradicional reunião ministerial de final de ano, foi mais informal e durou cerca de duas horas. No encontro, Lula fez um balanço das ações do governo em 2023, destacou a aprovação dos projetos fiscais no Congresso e agradeceu a dedicação de seus ministros durante sua recuperação. O presidente também mencionou os desafios enfrentados, como o tratamento de um câncer na garganta e o recente incidente com o avião presidencial.
O evento contou com a presença do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, além de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento). Lula destacou a importância da aprovação dos projetos fiscais e indicou que o governo poderá tomar novas medidas de ajuste fiscal, caso necessário, sem interferir na gestão da autoridade monetária.
Após o almoço, que teve pratos como peru assado, bacalhau, carne bovina e farofa com banana, os ministros, assim como os representantes de Lula no Congresso, como Jaques Wagner, José Guimarães e Randolfe Rodrigues, se reuniram em clima de confraternização. A reunião foi marcada pela necessidade de estreitar laços e preparar o governo para os próximos desafios eleitorais e legislativos.
INf. Estadão
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