A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (20), em Colatina, no Espírito Santo, o radialista Roque Saldanha, acusado de descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Saldanha também é apontado como um dos participantes das manifestações de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Durante a operação, agentes da PF apreenderam um celular, três chips telefônicos, a tornozeleira eletrônica rompida e R$ 7 mil em espécie. O radialista ganhou notoriedade ao publicar, em novembro, um vídeo em que destrói a tornozeleira e profere ofensas ao ministro Moraes.
Descumprimento de medidas cautelares
De acordo com o advogado de Saldanha, João Carlos de Faria Soares, a prisão foi decretada antes da publicação do vídeo em que o radialista aparece rompendo a tornozeleira. “O mandado de prisão não foi em virtude da tornozeleira e nem daquele vídeo. E sim, em razão do descumprimento das medidas cautelares impostas pelo ministro à época, quando foi revogada a prisão dele pela primeira vez”, afirmou o advogado.
Ainda segundo Soares, Saldanha teria infringido diversas determinações judiciais, como a proibição de deixar a cidade onde residia e de divulgar vídeos nas redes sociais. O advogado revelou que o ministro Moraes mencionou cerca de 57 notificações de descumprimento no mandado de prisão. “Ele desobedeceu. Ele não poderia sair da cidade e saiu. Ele não poderia divulgar vídeo, ele divulgou, entre outras coisas”, explicou.
Histórico de polêmicas
Roque Saldanha já havia sido preso anteriormente e estava em liberdade sob condições restritivas. No entanto, sua conduta recente, incluindo a publicação de conteúdos considerados ofensivos e a violação de medidas cautelares, resultou na nova ordem de prisão.
A PF ainda não divulgou detalhes sobre o andamento do processo ou sobre a eventual transferência do radialista para outra unidade prisional.
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