O ex-policial militar Hércules de Araújo Agostinho, conhecido como cabo Hércules, foi novamente condenado em sessão do Tribunal do Júri em Várzea Grande, nesta segunda-feira (4), pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e aborto não consentido. A sentença resultou em 18 anos e oito meses de prisão, que serão adicionados à sua pena anterior de 185 anos, totalizando 203 anos e oito meses de reclusão. Hércules, que já estava encarcerado na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá, continua cumprindo sua pena na mesma unidade
O crime ocorreu em julho de 2001, quando Hércules, junto com Célio Alves de Souza e José de Barros Costa, assassinou Maria Angela da Silva, conhecida como Lorrayne, em frente à residência dela, localizada no bairro Vila Vitória, em Várzea Grande. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, o crime foi motivado pela recusa de Lorrayne em abortar após descobrir que estava grávida de Hércules, com quem mantinha um relacionamento.
No dia do crime, Hércules teria telefonado para um orelhão próximo à casa de Lorrayne, conforme costumava fazer, pedindo que ela saísse para conversar. Quando Lorrayne chegou, um dos comparsas de Hércules desceu de um veículo, confirmou a identidade dela e, em seguida, efetuou vários disparos fatais contra sua cabeça.
Célio Alves de Souza e José de Barros Costa, que participaram do assassinato, ainda aguardam julgamento, pois recorreram da sentença de pronúncia.