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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025, 14:33 - A | A

Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025, 14h:33 - A | A

CRISE

Empresa de ônibus entra em recuperação judicial para reestruturar dívida de R$ 67 milhões

Empresa de transporte alega impactos de concorrência emergencial e más condições das estradas estaduais como fatores para a crise financeira.

 

O Grupo Viação Juína, um dos principais operadores de transporte de passageiros em Mato Grosso, obteve aprovação judicial para seu pedido de recuperação judicial, visando reestruturar dívidas que somam aproximadamente R$ 67 milhões. A decisão foi proferida em 27 de janeiro pelo juiz Márcio Aparecido Guedes, da Primeira Vara Cível - Especializada em Recuperação Judicial e Falência.

Composto pelas empresas Viação Juína Ltda, Tim Transportes Irmãos Machado Ltda e Expresso Juína Ltda, o grupo emprega cerca de 400 funcionários e conecta Cuiabá a diversas cidades do interior, incluindo Juara, Colniza, Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Brasnorte e Barra do Bugres.

Os sócios atribuem as dificuldades financeiras a interferências da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT) e às condições precárias das estradas estaduais. Eles alegam que, após a Ager-MT lançar certames emergenciais em 2019, o mercado tornou-se mais competitivo, com a entrada de empresas de fretamento sem experiência no setor. Além disso, destacam que a falta de pavimentação e o intenso período chuvoso entre setembro de 2022 e março de 2023 resultaram em danos significativos à frota, elevando os custos de manutenção.

Diante desse cenário, o grupo argumenta que a recuperação judicial é essencial para manter suas operações, preservar empregos e assegurar o cumprimento de obrigações fiscais. O juiz determinou que as três empresas apresentem um plano único de recuperação no prazo de 60 dias e forneçam, em até 24 horas, uma relação de credores. Durante 180 dias, estão suspensas quaisquer ações de retenção, arresto, penhora, sequestro ou busca e apreensão sobre os bens das devedoras.

Este caso reflete desafios enfrentados por empresas de transporte rodoviário no Brasil, que lidam com concorrência acirrada, infraestrutura deficiente e oscilações econômicas. Situações semelhantes ocorreram em outras regiões, como a recuperação judicial da Colitur Transportes Rodoviários no Rio de Janeiro, que enfrentou dificuldades devido à pandemia e à concorrência com transportes por aplicativo

A recuperação judicial oferece uma oportunidade para que empresas em crise financeira reorganizem suas atividades, negociem com credores e busquem soluções para superar adversidades, visando à continuidade de suas operações e à preservação de empregos.

 

 

 

 

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