O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, foi formalmente pronunciado pela Justiça e enfrentará um júri popular pelo feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos.
O crime, que ocorreu em 13 de agosto do ano passado em Cuiabá.
O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal da Capital, anunciou que a ação penal está em sigilo, mas confirmou que a pronúncia do réu aconteceu durante uma audiência de instrução e julgamento realizada na semana passada.
O processo havia sido suspenso por oito meses a pedido da defesa, que solicitou um exame de insanidade mental para verificar a imputabilidade de Almir.
O laudo pericial, realizado em 29 de janeiro, concluiu que o ex-PM tinha plena capacidade para entender seus atos no momento do crime.
O promotor de Justiça Jorge Paulo Damante Pereira, atuando na 2ª Promotoria de Justiça Criminal, se opôs tanto à realização do exame quanto ao pedido de absolvição sumária, ressaltando que a esquizofrenia paranoide do réu, diagnosticada em 2016, não justifica a brutalidade do ato cometido.
O crime se desenrolou de maneira trágica após Cristiane conhecer Almir em um bar e acompanhá-lo até sua residência. Lá, foi submetida a abusos sexuais, espancamentos severos e asfixia até a morte.
Após o crime, o ex-policial demonstrou frieza ao lavar o corpo da vítima, vesti-lo e transportá-lo em seu veículo até um parque, onde abandonou o cadáver a mais de 10 quilômetros de sua casa.
O corpo de Cristiane foi encontrado horas depois por um irmão, que utilizou o sistema de compartilhamento de localização de celular que a advogada mantinha com uma de suas filhas.
Através desse sistema, as autoridades conseguiram localizar o assassino, que já havia tentado ocultar evidências ao limpar a cena do crime.
O histórico criminal de Almir Monteiro dos Reis é alarmante, com passagens por crimes de roubo majorado, furto qualificado, receptação, falsificação de sinal de veículo automotor e falsificação de documentos públicos.
O caso agora se aproxima de um desfecho no tribunal, com a sociedade atenta às implicações desse brutal feminicídio.
ALAN 23/07/2024
Todo juiz tem sua parcela de culpa... Falar que é culpa da lei e que devemos cobrar nossos políticos é absurdamente covarde.. vemos por exemplo o STF interpretando e mudando o sentido da lei para fins políticos, se lá fazem isso pq os paladinos da justiça, os juízes de instância inferior não o fazem para fazer justiça social? Esses lixos de criminosos que se virem com melhores advogados e fortunas nas defesas... A sociedade que não pode ficar na mão...
1 comentários