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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 06 de Setembro de 2024, 17:51 - A | A

Sexta-feira, 06 de Setembro de 2024, 17h:51 - A | A

LÍDER DO CV

"Sandro Louco" recebe nova condenação e tem pena ampliada para mais de 173 anos

A sentença foi proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, no âmbito da Operação Ativo Oculto, que investiga crimes relacionados à organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

Sandro Silva Rabelo, conhecido como "Sandro Louco", apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho em Mato Grosso, foi condenado a mais 13 anos de prisão. A sentença foi proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, no âmbito da Operação Ativo Oculto, que investiga crimes relacionados à organização criminosa e lavagem de dinheiro. Com essa nova condenação, a pena de Sandro já ultrapassa 173 anos de prisão.

 

Mesmo encarcerado na Penitenciária Central do Estado (PCE), Sandro Louco continua a exercer controle sobre as atividades do Comando Vermelho. As investigações revelaram que ele utilizava familiares, especialmente sua esposa, Thaisa Souza de Almeida Rabelo, e intermediários para movimentar recursos ilícitos, mantendo o esquema de lavagem de dinheiro da facção.

 

Esquema de lavagem de dinheiro

Thaisa desempenhava um papel central no esquema, adquirindo imóveis e efetuando pagamentos em espécie para manter um padrão de vida elevado em Cuiabá. A investigação mostrou que ela viveu em condomínios de luxo na capital, pagando aluguéis altos com dinheiro vivo. Em um dos imóveis, no Brasil Beach Cuiabá Resort, o aluguel era de R$ 6 mil por mês. Posteriormente, ela se mudou para o Florais da Mata, onde o aluguel chegou a R$ 9,6 mil mensais.

 

Além dos imóveis, Thaisa comprou um terreno em Acorizal por R$ 435 mil, também pago em espécie, e investiu R$ 37 mil na manutenção do local. As transações eram registradas em nome de terceiros para ocultar a origem ilícita do dinheiro. Toda a operação foi coordenada por Sandro Louco, mesmo dentro da prisão, com evidências colhidas a partir da análise de seu celular.

Outras condenações

A Operação Ativo Oculto também levou à condenação de outras lideranças da facção criminosa. Adeilton de Amaral Tavares, conhecido como "Toreto", e Everton Danilo Jesus Batista foram sentenciados pelos mesmos crimes. Toreto, que movimentou mais de R$ 2 milhões entre 2021 e 2023 sem comprovação de renda, foi condenado a 5 anos em regime semiaberto e poderá recorrer em liberdade. Já Everton Danilo, que utilizava empresas de fachada para lavar dinheiro, recebeu uma pena de 10 anos em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.

 

Everton ostentava veículos de luxo e bens que não correspondiam à sua renda declarada, movimentando R$ 2,1 milhões em apenas 11 meses. Ele foi um dos principais alvos da operação, e sua prisão foi vista como um golpe significativo nas operações financeiras da facção.

 

Operação Ativo Oculto

Deflagrada em 23 de agosto, a Operação Ativo Oculto envolveu mais de 600 policiais no cumprimento de 271 mandados judiciais, entre prisões e buscas e apreensões. O objetivo era desarticular as principais lideranças do Comando Vermelho em Mato Grosso, incluindo seus familiares envolvidos na lavagem de dinheiro.

 

Sandro Louco, preso no raio de segurança máxima da PCE, foi um dos alvos centrais da operação, junto com sua esposa Thaisa e outros membros da facção. As investigações continuam em andamento, e as autoridades acreditam que outras lideranças ainda poderão ser presas.

 

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Civil e Militar, segue acompanhando o caso, que expõe a complexidade das operações criminosas envolvendo a facção no estado.

 

 

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