O juiz Renato José de Almeida Filho, da 2ª Vara de Chapada dos Guimarães, determinou que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, responsável pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, passe por uma nova avaliação psiquiátrica. Almir, atualmente preso em Chapada dos Guimarães, havia sido diagnosticado com esquizofrenia antes do crime, ocorrido em agosto de 2023.
A decisão, emitida na última quinta-feira (12), foi tomada após o réu ter sido submetido a uma audiência anterior, em junho do mesmo ano, quando uma medida de segurança ambulatorial foi aplicada. Na época, Almir passou por uma avaliação médica que indicou sua aptidão física e mental para o trabalho, apesar de sua condição psiquiátrica.
Contudo, após o assassinato brutal de Cristiane, um novo laudo apontou que, mesmo com seu transtorno, Almir tinha plena consciência da diferença entre atos legais e ilegais. Diante disso, o Ministério Público solicitou a reconversão da medida de tratamento ambulatorial para internação, além da transferência do réu para um hospital psiquiátrico em Mato Grosso ou, na ausência de vagas, para uma unidade prisional.
O juiz Renato Filho, ao analisar o pedido, destacou que a nova avaliação psiquiátrica é essencial para determinar se Almir deverá ser internado em uma unidade de saúde mental. A decisão prevê que uma equipe multidisciplinar, composta por psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, avalie o quadro clínico do réu e sua periculosidade, a fim de decidir se a medida de segurança deve ser mantida, modificada ou revogada.
O caso
Almir e Cristiane se conheceram em um bar de Cuiabá, no dia 13 de agosto de 2023. Após saírem juntos, foram para a casa de Almir, onde ocorreu uma discussão após Cristiane se recusar a realizar um ato sexual. O ex-policial então a agrediu violentamente, estuprou e a matou por asfixia. Após o crime, ele limpou a cena e abandonou o corpo de Cristiane no Parque das Águas, em Cuiabá, tentando ocultar as evidências.
