O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) se posicionou contra o pedido de transferência do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas para o Comando da 4ª Região Militar, em Belo Horizonte (MG). Caçadini é acusado de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023, em Cuiabá.
A defesa do militar justificou o pedido alegando problemas de saúde, incluindo a necessidade de tratamento psicológico contínuo e cuidados ortopédicos para uma lesão no joelho, além da proximidade com sua família. No entanto, o MPMT ressaltou que o coronel já recebe acompanhamento médico no Batalhão da Capital, onde está preso.
Segundo o parecer dos promotores Samuel Frungilo, Vinicius Gahyva, Jorge Paulo Damante e Marcelle Rodrigues da Costa, “o acusado está recebendo a devida atenção médica na unidade do Exército em que se encontra, sem indícios de que o atendimento seja inadequado.”
Além disso, os promotores destacaram que, embora a lei preveja que presos devem permanecer próximos de seus familiares, essa não é uma regra absoluta, ficando a decisão a critério do juiz, que deve equilibrar os interesses do acusado com os da Justiça.
O pedido de transferência será analisado pela juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.
Prisão
Caçadini foi preso em 15 de janeiro de 2024, em Belo Horizonte, acusado de financiar o homicídio de Zampieri. O crime ocorreu em 5 de dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O advogado foi morto com nove tiros enquanto saía de seu escritório, sendo surpreendido por um atirador que o aguardava em uma emboscada.
