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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 10:53 - A | A

Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 10h:53 - A | A

LAVAGEM DE DINHEIRO NA CAPITAL

Juiz recebe denúncia contra ex-servidor da câmara acusado de lavar dinheiro para o CV

A investigação apura um esquema de lavagem de dinheiro em casas noturnas da Capital, supostamente ligado à facção criminosa Comando Vermelho

 

Na manhã dessa quinta-feira,24, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, decidiu aceitar a denúncia do Ministério Público contra os alvos da operação Ragnatela.

 

A investigação apura um esquema de lavagem de dinheiro em casas noturnas da Capital, supostamente ligado à facção criminosa Comando Vermelho.

 

Com essa decisão, 13 pessoas passam a ser réus no processo.

 

Entre os denunciados estão Ana Cristina Brauna Freitas, Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, Clawilson Almeida Lacava, Elzyo Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira, Joadir Alves Gonçalves, João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Lauriano Silva Gomes da Cruz, Matheus Araújo Barbosa, Rafael Piaia Pael, Rodrigo de Souza Leal, Willian Aparecido da Costa Pereira e Wilson Carlos da Costa.

 

Na fundamentação de sua decisão, o magistrado ressaltou que as provas apresentadas na denúncia são suficientes para o início da ação penal.

 

“Tendo em mente que nesta fase processual o juízo é de prelibação e, em caso de dúvida, deve-se decidir em favor da sociedade”, afirmou o juiz.

 

Ele ainda manteve a prisão preventiva de cinco dos réus, considerando que não havia justificativa para sua liberação.

 

A operação Ragnatela resultou em um total de oito prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, além de nove sequestros de bens imóveis e 13 veículos.

 

Também foram determinadas duas ordens de afastamento de cargos públicos, incluindo um policial penal e um fiscal da prefeitura.

 

O bloqueio de contas bancárias de envolvidos na operação também foi uma das medidas adotadas.

 

As investigações revelaram que a facção criminosa adquiriu o Dallas Bar, um conhecido espaço de entretenimento em Cuiabá, por R$ 800 mil, montante pago em espécie com recursos provenientes de atividades ilícitas.

 

No local, eram realizados shows de artistas nacionais, geralmente com a presença de um esquema de segurança que vetava artistas de estados rivais.

 

Em dezembro de 2023, a apresentação do cantor MC Daniel foi marcada por hostilidades, demonstrando a influência da facção na gestão do bar.

 

As ações da operação Ragnatela evidenciam a estreita relação entre organizações criminosas e a corrupção de agentes públicos, que facilitavam a realização de eventos sem a documentação adequada.

 

A continuidade das investigações promete trazer à tona mais detalhes sobre a atuação do Comando Vermelho em Cuiabá e as implicações para a segurança pública local.

 

Com a aceitação da denúncia, o caso segue em andamento, e a Justiça se prepara para o desenrolar do processo.

 

 

 

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