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JUDICIÁRIO Terça-feira, 25 de Junho de 2024, 15:54 - A | A

Terça-feira, 25 de Junho de 2024, 15h:54 - A | A

CONDENADO

Justiça condena treinador de vôlei a 60 anos de prisão por estuprar adolescentes

A sentença inclui ainda três anos e nove meses em regime aberto e 100 dias-multa

 

Na noite de segunda-feira (24), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou a condenação de André Testa, treinador de voleibol, a 60 anos de prisão em regime fechado.

 

A sentença inclui ainda três anos e nove meses em regime aberto e 100 dias-multa.

 

Testa foi condenado por diversos crimes, incluindo estupro de vulnerável, estupro, constrangimento ilegal e outros crimes relacionados a menores de idade.

 

Os crimes ocorreram quando Testa era técnico em São José, na Grande Florianópolis, onde coordenava um projeto social de voleibol para adolescentes, administrado por uma entidade esportiva sem fins lucrativos.

 

Segundo a denúncia do MPSC, Testa abusava da confiança e admiração dos jogadores e explorava os sonhos deles de se tornarem atletas profissionais para cometer os abusos.

 

As condenações de André Testa incluem:

Quatro casos de estupro de vulnerável
Um caso de estupro


Um caso de constrangimento ilegal
Fornecimento de bebidas alcoólicas a menores


Submissão de menores a vexame ou constrangimento


Indução ao uso indevido de drogas

 

As investigações começaram em 2022, após denúncias feitas por alguns dos adolescentes que participavam do projeto.

 

Os jovens estavam sob a responsabilidade do treinador, com procurações dos pais ou responsáveis legais, que lhe conferiam poderes para representar os atletas.

Denúncia e Investigações


O município de São José mantinha duas "casas-atletas", abrigando 16 adolescentes, dos quais 11 eram do sexo masculino e cinco do sexo feminino.

 

Os adolescentes eram participantes do time de voleibol do projeto municipal, e estavam sob a supervisão de Testa.

 

As denúncias levaram à instauração de um inquérito policial para apurar crimes como importunação sexual, estupro de vulnerável, coação no curso do processo, e fornecimento de bebidas alcoólicas a menores.

 

Durante as investigações, ficou evidente que Testa usava sua posição de poder para fazer brincadeiras de cunho sexual, convidar os adolescentes para passeios não relacionados ao esporte, e convencê-los a consumir álcool, deixando-os vulneráveis aos abusos.

 

Para garantir a impunidade, Testa prometia progresso na carreira esportiva dos jovens ou ameaçava removê-los do projeto. Em 2022, ele foi preso preventivamente, enquanto as investigações prosseguiam.

 

Testa ainda pode recorrer da sentença em liberdade.

 

 

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