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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 15:27 - A | A

Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 15h:27 - A | A

CRIME BRUTAL

Mãe que esquartejou bebê é condenada a 34 anos de prisão

Em depoimento, ela confessou que fez uma primeira tentativa pressionando o travesseiro contra a cabeça do bebê

 

Ramira Gomes da Silva foi condenada a 34 anos de prisão em regime fechado, após confessar o assassinato de seu filho de apenas quatro meses. O julgamento ocorreu na sexta-feira (21), na Comarca de Sorriso, local onde o crime foi cometido.

O juiz Anderson Candiotto determinou a pena com base na triplamente qualificada acusação de homicídio e ocultação de cadáver. O bebê, Bryan da Silva Otany, foi asfixiado e desmembrado no dia 14 de maio de 2021. Ramira colocou algumas partes do corpo em uma sacola e enterrou outras no quintal de casa. Os restos mortais foram descobertos por um cachorro, o que alertou os vizinhos e a polícia.

O promotor de Justiça, Luiz Fernando Rossi Pipino, expressou satisfação com a sentença: “Estamos satisfeitos com a decisão soberana do tribunal do júri e com a sentença prolatada pelo juiz togado na fixação da pena. A barbaridade praticada foi um ato brutal e covarde. Uma ação perversa”.

O Caso

As investigações revelaram que Ramira desejava se mudar para outro estado, onde residia uma mulher com quem mantinha um relacionamento virtual. Acreditando que o bebê era um obstáculo para seus planos, Ramira decidiu matar Bryan para facilitar a mudança e viabilizar seu relacionamento.

Na madrugada de 14 de maio, Ramira sufocou o bebê com um travesseiro enquanto ele dormia em um carrinho de bebê.Em depoimento, ela confessou que fez uma primeira tentativa pressionando o travesseiro contra a cabeça do bebê, mas  ao notar que ele ainda respirava e chorava, repetiu o ato com mais força por aproximadamente três minutos, até que ele parou de se mover.

Após a morte, Ramira levou o corpo até a pia da cozinha, onde desmembrou o bebê, colocando as mãos e pés em latas de leite em pó, embalando-as em sacos de lixo e deixando-os na lixeira em frente à casa. O tronco e a cabeça foram enterrados em uma cova rasa no quintal. No mesmo dia, Ramira comprou produtos de limpeza e seguiu sua rotina, incluindo uma visita ao dentista. Os restos mortais foram descobertos por um cachorro no dia 17 de maio, e Ramira foi presa no dia seguinte enquanto tentava fugir para o Amazonas.

A Defensoria Pública, que representou Ramira, solicitou um exame de insanidade mental, citando depressão pós-parto e traumas vividos desde a infância, incluindo o fato de ter sido adotada aos 2 anos e ter presenciado o pai matar a mãe.

 

 

 

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