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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 01 de Julho de 2024, 16:19 - A | A

Segunda-feira, 01 de Julho de 2024, 16h:19 - A | A

8 DE JANEIRO

STF torna empresária de MT ré por atos de 8 de janeiro

Jacqueline responderá por associação criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, e dano qualificado com uso de violência e grave ameaça, causando considerável prejuízo ao patrimônio da União

 

 A empresária Jacqueline Aparecida de Oliveira, moradora de Juara, Mato Grosso, foi oficialmente declarada ré pelos crimes cometidos durante os atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

 

Jacqueline responderá por associação criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, e dano qualificado com uso de violência e grave ameaça, causando considerável prejuízo ao patrimônio da União.

 

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) detalha que Jacqueline estava presente no acampamento em frente ao Quartel General do Exército na Capital Federal.

 

Segundo a PGR, os integrantes desse acampamento invadiram e depredaram as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizando inclusive substâncias inflamáveis.

 

Defesa e Decisão Judicial

Em sua defesa, Jacqueline alegou que o processo era nulo, citando violações ao princípio da ampla defesa e do contraditório.

 

Ela também argumentou que o STF não tinha competência para julgá-la e pediu a rejeição da denúncia, afirmando falta de justa causa para a ação penal.

 

Contudo, o ministro Alexandre de Moraes, em seu voto que foi seguido por unanimidade pelos integrantes da Primeira Turma do STF, destacou que a Constituição assegura o direito de defesa aos cidadãos e impede o arbítrio do Estado.

 

Moraes afirmou que "não há dúvidas" sobre a competência do STF para analisar a denúncia contra Jacqueline, evidenciando a conexão entre as acusações e as investigações mais amplas que envolvem pessoas com foro privilegiado.

 

Provas e Investigação

Segundo Moraes, a denúncia da PGR foi clara e compreensível, permitindo à acusada compreender as imputações e exercer plenamente seu direito de defesa.

 

O ministro sublinhou que as provas e as circunstâncias dos supostos crimes praticados por Jacqueline podem influir diretamente nas investigações contra outros envolvidos com prerrogativa de foro.

 

"Diante do exposto, presentes os requisitos exigidos pelos artigos 41 e 395, ambos do Código de Processo Penal, recebo a denúncia oferecida contra Jacqueline Aparecida de Oliveira", concluiu Moraes.

 

O voto do ministro foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia

 

 

 

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