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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 12 de Agosto de 2024, 17:21 - A | A

Segunda-feira, 12 de Agosto de 2024, 17h:21 - A | A

"VENDA DE SENTENÇA"

"Não amolece para esses vagabundos", disse Zampieri a desembargador do TJMT

MídiaNews

 

"O senhor por favor não vai amolecer com esses caras, hein! Pelo amor de Deus, desembargador! Não amolece para esses vagabundos! Pelo amor de Deus!”.

 

A mensagem, em tom dramático, é do advogado Roberto Zampieri ao desembargador Sebastião de Moraes Filho, afastado do cargo junto com o colega João Ferreira Filho no início do mês pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

 

O senhor já respondeu, deve ser arquivado. Eles querem agora ganhar no grito. O que é ganhar no grito? Falar que o senhor é meu amigo

“Desembargador, esse povo tá tão desesperado, que eles já entraram com uma suspeição contra o senhor. O senhor já respondeu, deve ser arquivado. Eles querem agora ganhar no grito. O que é ganhar no grito? Falar que o senhor é meu amigo, falar que o filho do senhor trabalha no seu gabinete”, diz outro trecho da mensagem.

 

O texto, segundo o Olhar Direto, refere-se a um pedido de suspeição feito pelo empresário Aníbal Manoel Laurindo, suspeito de ter mandado matar Zampieri, em dezembro do ano passado. E pode estar relacionado a uma suposta venda de sentença.

No caso, uma decisão relacionada à perda de duas fazendas em Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, que pode ter causado a morte do advogado.

 

Durante as investigações, o delegado de Polícia responsável pelo caso, Nilson Farias, falou sobre o assunto.

 

"Uma das fazendas pertence ao irmão de Aníbal, e já teve um mandado de reintegração de posse, então ele perdeu a posse daquela terra. No momento da execução da sentença, começou a se discutir que a fazenda de Aníbal também pertenceria àquela mesma fatia da decisão", explicou

 

"Ele entrou com uma intervenção tentando defender a sua posse, porém, estava prestes a perder também", disse.

 

Na fase de execução de sentença, uma imissão de posse a terceiro também teria recaído sobre as terras de Aníbal Laurindo, irmão da verdadeira parte no processo. Anibal, então, teria interposto um agravo de instrumento.

 

O pedido do fazendeiro chegou a ser acatado pelo desembargador Sebastião de Moraes, liberando suas terras.

 

Porém, ao examinar pedido de suspeição interposto por Anibal, Sebastião de Moraes teria se declarado suspeito, e, na mesma decisão da suspeição, ele proferiu uma decisão contrária aos interesses de Anibal Laurindo, e favorável à parte ligada a Roberto Zampieri, restabelecendo a imissão de posse a terceiro que também atingia terras de Anibal.

 

 

 

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