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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 21 de Agosto de 2024, 14:49 - A | A

Quarta-feira, 21 de Agosto de 2024, 14h:49 - A | A

SÃO INOCENTES ATE QUE PROVEM AO CONTRÁRIO

Orlando Perri defende presunção de inocência de magistrados afastados em MT

Os desembargadores Sebastião e João Ferreira foram afastados dos seus cargos após uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

 

O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), afirmou que o afastamento dos seus colegas de tribunal, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, não descredibiliza o Judiciário Estadual perante a sociedade.

 

Em declaração à imprensa na terça-feira,20, Perri ressaltou que, de acordo com a Constituição Federal, todos têm direito à presunção de inocência até que se prove o contrário.

 

Os desembargadores Sebastião e João Ferreira foram afastados dos seus cargos após uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 

A determinação veio após a análise de conteúdos extraídos do telefone celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em frente ao seu escritório em Cuiabá, em dezembro de 2023.

 

As informações apontaram a existência de um suposto esquema de venda de sentenças no TJMT.

 

Perri, que é o decano do Tribunal, sublinhou a importância de que a acusação prove a culpabilidade dos afastados.

 

"Não conversei pessoalmente com nenhum deles, embora tenha visto mensagens deles justificando os fatos e se declarando inocentes. Então, como disse anteriormente, eu penso que deve haver o devido processo legal onde a acusação deve fazer prova da culpabilidade. Todos, todos são considerados inocentes até prova em contrário. Eles não precisam fazer prova da inocência. É a acusação que deve fazer prova da culpabilidade deles”, afirmou.

 

O afastamento dos magistrados foi determinado pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, no dia 1º de agosto.

 

A decisão incluiu também a instauração de reclamações disciplinares e a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT nos últimos cinco anos.

 

Segundo as investigações, os magistrados teriam recebido vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para favorecer interesses de Zampieri em julgamentos.

 

O desembargador Perri, no entanto, destacou que a sociedade deve confiar no processo legal e na presunção de inocência, até que haja provas concretas que indiquem o contrário.

 

 

 

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