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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 11:23 - A | A

Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 11h:23 - A | A

JULGAMENTO ADIADO

TJ adia pela 2° vez audiência contra juiz que deu voz de prisão a mãe durante audiência

A decisão pelo adiamento foi motivada pela ausência justificada de um dos desembargadores que integram o colegiado, conforme informou a assessoria de imprensa do Poder Judiciário Estadual

 

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) adiou a decisão sobre a sindicância instaurada contra o juiz Wladymir Perri, que deu voz de prisão à mãe de uma vítima durante uma audiência em setembro de 2023.

 

A decisão pelo adiamento foi motivada pela ausência justificada de um dos desembargadores que integram o colegiado, conforme informou a assessoria de imprensa do Poder Judiciário Estadual.

 

Uma sessão extraordinária deverá ser marcada para tratar do caso, embora ainda não haja uma data definida.

 

O Órgão Especial, composto por 13 desembargadores, realiza suas sessões geralmente duas vezes por mês, na segunda e quarta semanas.

 

A sindicância contra Wladymir Perri teve origem após um incidente ocorrido durante uma audiência na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, onde o juiz deu voz de prisão a Sylvia Mirian Tolentino de Oliveira, mãe de uma vítima de homicídio.

 

Sylvia manifestou-se contra o acusado do assassinato de seu filho, o que levou o juiz a intervir, pedindo que ela mantivesse a serenidade.

 

A situação culminou na prisão da mãe após ela bater na mesa e dirigir-se ao réu.

 

O caso gerou ampla repercussão, especialmente depois que trechos da audiência foram divulgados nas redes sociais e pela imprensa.

 

Em outubro do ano passado, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou a abertura de uma reclamação disciplinar para apurar a conduta de Perri.

 

O ministro destacou que o magistrado não teria seguido as diretrizes do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, afetando a integridade psicológica da mulher, "vítima indireta" do crime.

 

Em resposta às acusações, o juiz Wladymir Perri publicou uma carta aberta, na qual se declarou vítima de narrativas criadas por "psicopatas" e comparou sua situação às perseguições nazistas contra os judeus. Perri afirmou que caiu em uma "armadilha" e que está sendo alvo de um "pré-julgamento" pelo Conselho Nacional de Justiça.

 

Em junho deste ano, o corregedor-geral de Justiça de Mato Grosso, desembargador Juvenal Pereira da Silva, votou pela abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Wladymir Perri.

 

No entanto, a sessão foi suspensa após o pedido de vista compartilhado dos desembargadores Rui Ramos e Paulo da Cunha.

 

Este mês, o ministro Salomão voltou a cobrar uma decisão do TJMT, estabelecendo um prazo de cinco dias para que a Corte informasse quando o caso seria apreciado.

 
 
 
 
 

 

 

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