menu
03 de Março de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
03 de Março de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

MUNDO Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025, 15:28 - A | A

Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025, 15h:28 - A | A

FIM DOS TEMPOS

Japão aprova nascimento de embriões híbridos de humanos e animais

A autorização concedida pelo Japão não está isenta de críticas.

AFnotícias

 

O Japão se tornou o primeiro país do mundo a permitir o nascimento de embriões híbridos de humanos e animais para a criação de órgãos humanos. Especialistas do Ministério da Ciência japonês aprovaram a proposta de um experimento nesta direção apresentada pelo pesquisador Hiromitsu Nakauchi, da Universidade de Tóquio.

O que são embriões híbridos?

Embriões híbridos são organismos formados a partir de células de duas espécies diferentes. No caso do Japão, a pesquisa envolve o cultivo de células-tronco humanas em embriões de camundongos, ratos e porcos. O objetivo é desenvolver órgãos humanos completos que possam ser usados em transplantes.

O avanço científico e suas implicações

Desde março de 2019, o Japão suspendeu a proibição ao desenvolvimento de embriões híbridos de humanos e animais por mais de 14 dias. Além disso, a medida permitiu o transplante de órgãos desenvolvidos em embriões de animais para outros animais. Essa decisão coloca o Japão na vanguarda da pesquisa em xenotransplante, que é o transplante de órgãos ou tecidos de uma espécie para outra.

A pesquisa de Hiromitsu Nakauchi

Hiromitsu Nakauchi, o pesquisador responsável pelo projeto, já havia conseguido curar um rato diabético ao desenvolver um pâncreas saudável em um embrião de rato e depois transplantá-lo para o rato doente. Agora, ele pretende aplicar essa técnica em embriões de camundongos, ratos e porcos, com o objetivo de desenvolver órgãos humanos completos.

Críticas e preocupações éticas

A autorização concedida pelo Japão não está isenta de críticas. Especialistas em bioética alertam para os possíveis riscos de transferir células humanas para o cérebro de um animal, o que poderia ter consequências imprevisíveis. Nakauchi, no entanto, afirmou à revista científica Nature que as intervenções são destinadas a afetar apenas o órgão que ele planeja desenvolver no embrião animal.

O futuro da pesquisa

O sinal verde ao projeto já foi dado, mas ainda há muito a ser decidido. Em agosto de 2019, um grupo de especialistas do Ministério da Ciência do Japão deve determinar quais experimentos em detalhes serão aprovados. A pesquisa de Nakauchi tem o potencial de revolucionar o campo dos transplantes, mas também levanta questões importantes sobre os limites éticos da ciência.

 

 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia