Na madrugada desta quarta-feira (4), Elizandra Cardoso, de 36 anos, foi assassinada em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), em um ataque motivado por disputas entre facções criminosas. Segundo a Polícia Civil, Elizandra tinha vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), e sua morte foi atribuída a uma ação orquestrada pelo Comando Vermelho (CV).
De acordo com o delegado Bruno França, responsável pela investigação, toda a família da vítima possui ligação com o PCC, incluindo um filho que já está preso. “Todos têm ligação com o PCC: ela, o filho que está preso, outro filho e a nora – que estavam na casa no momento do crime. Não sabemos quem era o alvo específico, mas foi um ataque direto da facção rival”, explicou.
O ataque ocorreu em um pequeno quarto da residência, onde criminosos abriram fogo, ferindo também os dois filhos de Elizandra. Um adolescente de 14 anos foi baleado na barriga e no testículo, enquanto um bebê de dois anos sofreu quatro tiros, dois em cada perna.
A vítima havia se mudado há cerca de 20 dias para a casa dos pais, no bairro Mário Raiter, após receber ameaças do CV, mas o caso não foi registrado junto à polícia. Apesar disso, a investigação avança na identificação e captura dos autores do crime.
O caso evidencia o impacto das disputas entre facções no cotidiano da cidade e as tragédias decorrentes da violência associada ao crime organizado.