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POLICIAL Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 10:22 - A | A

Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 10h:22 - A | A

LAVAGEM DE DINHEIRO

Empresa foi aberta por braço de direito de WT para lavar dinheiro para o CV

O esquema foi descoberto durante a Operação Fair Play, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) no final de novembro

 

Andrew Nickolas Marques dos Santos, aliado próximo de Paulo Witer Faria Paelo, o WT, foi identificado pela Polícia Civil como o responsável por criar uma empresa de fachada para movimentar dinheiro proveniente do tráfico de drogas em Cuiabá.

 

O esquema foi descoberto durante a Operação Fair Play, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) no final de novembro.

 

A empresa, A.N.M. Dos Santos, registrada como centro automotivo, foi criada em 2017, mas, com o passar dos anos, chamou a atenção das autoridades devido às transações financeiras suspeitas.

 

As investigações indicaram que grandes somas de dinheiro em espécie eram movimentadas na empresa, o que é incomum para esse tipo de negócio, que geralmente utiliza formas de pagamento como cheques ou cartões.

 

Além disso, depósitos fracionados e uma discrepância entre os valores movimentados e o faturamento declarado da empresa levantaram fortes indícios de que o objetivo era lavar dinheiro do tráfico.

 

Além de operar a lavagem de dinheiro, Andrew também utilizou os recursos ilícitos para realizar a compra de um imóvel de luxo em Itapema, no litoral de Santa Catarina.

 

Avaliado em cerca de R$ 1 milhão, o apartamento foi adquirido por R$ 750 mil, com o pagamento sendo feito em mais de 280 depósitos bancários, o que reforçou as suspeitas sobre a origem ilícita do dinheiro.

 

O delegado Gustavo Belão, da GCCO, ressaltou que a operação é parte de um esforço contínuo para combater e desarticular financeiramente as organizações criminosas que atuam em Mato Grosso.

 

Ele também destacou que a unidade tem se especializado em investigações financeiras de alta complexidade e, como resultado, já conseguiu sequestrar mais de R$ 35 milhões em bens e ativos relacionados a atividades criminosas.

 

A Operação Fair Play é um desdobramento da Operação Apito Final, que já havia identificado um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo membros da facção criminosa.

 

No total, 19 mandados judiciais foram cumpridos, resultando em prisões, apreensões de bens e bloqueios de ativos

 

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