O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), foi diplomado nesta quarta-feira (18) em cerimônia realizada no Teatro Zulmira Canavarros, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Antes do evento, Abilio criticou a situação fiscal da Prefeitura, que herdará do atual gestor, Emanuel Pinheiro (MDB), apontando um déficit de R$ 1 bilhão e um caixa possivelmente zerado.
“Eu vou receber uma Prefeitura com um déficit de quase R$ 1 bilhão de dívida, provavelmente com caixa zerado, e as contas do Emanuel serem aprovadas diante dessas circunstâncias é um certo constrangimento. Não para mim, mas para a população cuiabana”, afirmou o prefeito eleito.
Críticas ao Tribunal de Contas e Câmara Municipal
Segundo Abilio, dados apresentados durante o processo de transição evidenciam uma dívida expressiva, incluindo mais de R$ 200 milhões acumulados apenas na Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
Mesmo assim, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) recomendou a aprovação das contas de 2022 e 2023 da gestão Emanuel, que agora aguardam votação na Câmara Municipal.
Abilio sugeriu que a provável aprovação das contas reflete a falta de rigor dos atuais vereadores. "É preocupante que, diante de toda essa situação, as contas sejam aprovadas com tanta naturalidade", declarou.
Disputa pela Mesa Diretora da Câmara
A diplomação do prefeito ocorre em meio às articulações para a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Abilio demonstrou apoio à candidatura de Paula Calil (PL), em oposição ao também correligionário Chico 2000.
O prefeito eleito enfatizou que o alinhamento político será essencial para implementar seu projeto de reforma administrativa.
“Ainda tem as contas do Emanuel para serem votadas na Câmara, e o posicionamento do Chico é um sinal importante. Pedi que a LOA (Lei Orçamentária Anual) fosse votada apenas no próximo ano, para facilitar nossas mudanças. Vamos ver se ele segue esse processo”, disse Abilio.
Futuro da Administração
Abilio destacou que seu governo não será marcado por promessas irreais, mas por mudanças necessárias para estabilizar a gestão pública de Cuiabá. Apesar das dificuldades fiscais, ele mantém o otimismo de que poderá reorganizar as contas e priorizar investimentos essenciais.
A posse do prefeito eleito está marcada para 1º de janeiro de 2025.
