Em um ato oficial publicado na última quarta-feira (30) no Diário Oficial Eletrônico da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), os deputados Eduardo Botelho (União), presidente, e Max Russi (PSB), 1º secretário do Legislativo, determinaram a exoneração do servidor Eroaldo de Oliveira. Eroaldo, ex-CEO da Unimed Cuiabá, foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Bilanz, que investiga um rombo contábil de R$ 400 milhões na cooperativa de saúde.
A operação da PF resultou na prisão de seis pessoas, incluindo Eroaldo e o ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Jr., mas ambos foram liberados pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, ainda na mesma noite. No ato nº 2016/2024, assinado pelo deputado Botelho, consta que Eroaldo ocupava o cargo de assessor parlamentar no Bloco Parlamentar Avante Mato Grosso, com salário mensal de R$ 13.234,30.
Irregularidades milionárias
O esquema veio à tona após auditoria realizada pela PP&C Auditores Independentes, que revelou perdas significativas na gestão anterior da Unimed Cuiabá, presidida pelo médico Rubens de Oliveira. Em 2022, a cooperativa registrou um déficit de aproximadamente R$ 400 milhões, em contraste com o saldo positivo de R$ 371,8 mil divulgado previamente pela antiga gestão. A auditoria apontou irregularidades na execução de obras de infraestrutura, incluindo um hospital e um centro de cuidados terapêuticos, que consumiram R$ 95 milhões, mas foram entregues de forma incompleta.
Com mais de 220 mil usuários, a Unimed Cuiabá, principal operadora de saúde do estado, segue sob investigação para apurar as responsabilidades e sanar os impactos das supostas fraudes.