Em novembro de 2024, um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que 73% dos municípios de Mato Grosso, o equivalente a 102 dos 141, enfrentaram problemas com a falta de vacinas. A responsabilidade pela produção e distribuição dos imunizantes é do Governo Federal.
O documento destaca que a escassez de vacinas pode ter sérias consequências, incluindo aumento da mortalidade infantil, resultando em precárias condições de vida e saúde e impactando o desenvolvimento social e econômico do país. A falta de vacinas afeta 65,8% dos municípios brasileiros, especialmente as vacinas destinadas a crianças, com destaque para os imunizantes contra a covid-19 para adultos e crianças, DTP (difteria, tétano e pertussis), meningocócica C e tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
O estudo também aponta que o Brasil tem enfrentado surtos de novas doenças, algumas das quais não eram registradas em determinadas regiões ou haviam sido eliminadas, como a poliomielite (paralisia infantil), o que aumenta o risco de reintrodução de doenças graves. A baixa cobertura vacinal é vista como um dos principais fatores que contribuem para esse cenário preocupante.
Além disso, a CNM ressalta a responsabilidade do Governo Federal em resolver essa situação. A disparidade entre as declarações oficiais do governo e a realidade enfrentada pelos gestores municipais tem gerado frustração e pressão sobre as administrações locais, que, além de atenderem às expectativas da sociedade, lidam com a escassez de insumos essenciais para garantir uma cobertura vacinal adequada e eficaz.