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POLÍTICA MT Sábado, 28 de Dezembro de 2024, 07:52 - A | A

Sábado, 28 de Dezembro de 2024, 07h:52 - A | A

EM RONDONÓPOLIS

Cláudio Ferreira diz que Zé Carlos do Pátio vai deixar R$ 1 Bilhão em dívidas

“Além do passivo, há muitos empréstimos com taxas de juros elevadas, o que não é favorável. Isso reflete uma gestão que, na nossa visão, priorizou iniciativas sem retorno claro para a população”, disse.

 

O prefeito eleito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), revelou preocupações com a situação financeira da administração municipal, atualmente sob o comando de Zé do Pátio. Durante uma entrevista, Ferreira afirmou que, embora ainda não tenha acesso completo às informações da Prefeitura, é evidente que o município enfrenta um passivo significativo, estimado em aproximadamente R$ 1 bilhão.

 

“Sim, há um indicativo de passivo. Durante a pré-campanha, mencionei que o montante girava em torno de R$ 1 bilhão. Na época, o prefeito tentou me interpelar judicialmente para que eu não fizesse essa afirmação, mas conseguimos derrubar a liminar e vencer no mérito. Essa dívida é um problema sério para as contas públicas”, destacou Ferreira.

 

Dívidas e Empréstimos com Juros Elevados

O prefeito eleito também criticou os empréstimos realizados pela atual gestão, apontando que muitos foram contratados com juros que considera acima do mercado. Segundo ele, essas operações representam um ônus pesado para as finanças municipais.

 

“Além do passivo, há muitos empréstimos com taxas de juros elevadas, o que não é favorável. Isso reflete uma gestão que, na nossa visão, priorizou iniciativas sem retorno claro para a população”, disse.

 

Críticas à Estatal de Transporte Coletivo

Ferreira também criticou a criação de uma empresa estatal de transporte coletivo, classificando-a como um desperdício de recursos públicos. Segundo ele, parte dos ônibus adquiridos por meio de um empréstimo de R$ 50 milhões está inoperante.

“O prefeito investiu em uma estatal que já opera com problemas. Hoje, apenas 60% ou 70% dos ônibus estão em circulação, enquanto o restante está parado, canibalizado, sem condições de rodar. Isso demonstra uma falta de planejamento e de visão estratégica”, avaliou.

Para Ferreira, a Prefeitura deve focar em sua função principal e deixar a operação de serviços especializados, como transporte público, para empresas privadas.

 

“A administração municipal não deve gerir empresas. Isso é tarefa para especialistas da iniciativa privada, que podem operar por meio de concessões. Criar e administrar uma estatal foi desperdício de tempo, dinheiro e oportunidades”, afirmou, indicando que pretende encerrar a estatal de transporte coletivo a médio prazo.

 

Desafios para o Futuro

Cláudio Ferreira destacou que sua gestão terá como prioridade enfrentar problemas crônicos da cidade, reorganizar as finanças municipais e priorizar investimentos que realmente impactem a qualidade de vida da população.

 

“Parte dos recursos foi investida em iniciativas que não eram prioritárias e que não trouxeram resultados concretos. Nosso objetivo é mudar essa realidade e colocar Rondonópolis no caminho do desenvolvimento sustentável”, concluiu.

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