Várzea Grande enfrenta um cenário de colapso administrativo nos primeiros dias de 2025. A nova prefeita, Flávia Moretti (PL), herdou da gestão anterior, liderada por Kalil Baracat (MDB), uma crise agravada por decisões controversas nos últimos dias de 2024. Entre as medidas tomadas por Kalil, destacam-se a concessão de férias para mais de 1,3 mil servidores municipais e a exoneração de 600 profissionais no dia 31 de dezembro, resultando em um déficit de quase 2 mil trabalhadores logo no início da nova administração.
Impactos na Saúde e Educação
Segundo levantamento do jornal A Gazeta, a Secretaria de Educação foi a mais afetada, com 1.150 servidores afastados. Já na saúde, 157 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, foram colocados em férias. Essa decisão interrompeu serviços essenciais, obrigando pacientes a buscar atendimento em Cuiabá. No Hospital São Lucas, a paralisação na maternidade Rede Cegonha colocou gestantes em risco, intensificando as críticas à antiga gestão.
Crise na Saúde Pública
O setor de saúde de Várzea Grande viveu um colapso, agravado pela suspensão de pagamentos de férias e benefícios, que reduziram os salários de profissionais em até 50%. Isso provocou uma onda de pedidos de demissão, aumentando ainda mais a pressão sobre os serviços de saúde. Diogo Sampaio, presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), classificou as ações da gestão Kalil como "irresponsabilidade política" e anunciou medidas para responsabilizar os envolvidos.
Repercussões e Desafios
A crise administrativa também levanta questionamentos sobre a legalidade das medidas adotadas por Kalil Baracat nos últimos dias de sua gestão. Além disso, o desafio para a prefeita Flávia Moretti é monumental: recompor as equipes de saúde e educação enquanto tenta reestabelecer a confiança da população e garantir o funcionamento básico da máquina pública.
Com inf. A Gazeta