Uma decisão judicial emitida pelo juiz plantonista Renan Leão Pereira determinou que a escolha do novo presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis, marcada para o dia 1º de janeiro, seja realizada de forma pública e com voto aberto. A determinação atende a um pedido judicial feito por seis vereadores, que questionaram a validade da sessão que instituiu o voto secreto para a eleição da mesa diretora.
O pedido foi apresentado pelos vereadores Paulo Schuh (PL), Kalynka Meirelles (PL), Adilson do Naboreiro (MDB), Beto do Amendoim (PSB), José Felipe Horta (PL) e Batista da Coder (PSB). Eles alegaram irregularidades no processo de votação do projeto que previa o voto secreto, aprovado no dia 11 de dezembro. Segundo os parlamentares, a sessão desrespeitou o regimento interno da Casa, com etapas importantes da tramitação do projeto sendo ignoradas.
Após análise do caso, o juiz Renan Leão Pereira acolheu os argumentos dos vereadores e anulou os efeitos da sessão ordinária, determinando que a eleição para a presidência seja realizada de maneira aberta. A vereadora eleita Luciana Horta, que conduzirá a sessão de posse e a eleição da mesa diretora, será oficialmente comunicada da decisão.
A aprovação do voto secreto ocorreu em duas etapas, evidenciando divisões entre os parlamentares. Na primeira votação, realizada no dia 11 de dezembro, o projeto contou com 13 votos favoráveis e 5 contrários. Os vereadores que aprovaram a medida foram: Batista da Coder (PSB), Dico (MDB), Investigador Gerson (MDB), Jonas Rodrigues (MDB), Marildes Ferreira (PSB), Reginaldo Santos (PSB), Adilson do Naboreiro (MDB), Cido Silva (UB), Roni Cardoso (UB), Adonias Fernandes (MDB), Cláudio da Farmácia (MDB), Ozeias Reis (UB) e Roni Magnani (PSB).
Os cinco vereadores que votaram contra foram Paulo Schuh (PL), Kalynka Meirelles (PL), José Felipe Horta (PL), Subtenente Guinâncio (PSDB) e Beto do Amendoim (PSB). Dois parlamentares, Kazagrande (PSB) e Marisvaldo Gonçalves (Republicanos), não participaram dessa votação. Na segunda etapa, o projeto foi aprovado com o mínimo de 11 votos. Entretanto, as ausências de Batista da Coder e Adilson do Naboreiro reduziram o número de apoiadores da medida.
A eleição para a presidência da Câmara ocorrerá no dia 1º de janeiro, durante a sessão de posse dos vereadores eleitos. Com a decisão judicial, a votação será realizada de forma aberta, permitindo maior transparência no processo. O resultado pode influenciar diretamente a composição da nova mesa diretora e a condução dos trabalhos legislativos para o próximo mandato. A medida reforça o debate sobre a necessidade de respeito às normas internas e à transparência nas decisões do Legislativo municipal.