A indefinição da Câmara Municipal de Cáceres quanto ao pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) tem gerado revolta entre os servidores públicos do município. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cáceres, Fábio Lourenço, criticou a demora na votação do projeto de lei e cobrou uma posição imediata dos vereadores.
Segundo ele, o atraso compromete o planejamento financeiro de mais de 3,3 mil servidores, incluindo ativos, inativos e pensionistas, além de prejudicar a economia local. “O projeto já estava na Câmara e tinha o respaldo do sindicato, pois entendemos a realidade financeira do município. Mas essa demora chega a ser vergonhosa. Os servidores têm direito ao reajuste e não podem ficar reféns de disputas políticas”, declarou Fábio.
A proposta enviada pela Prefeitura prevê o pagamento do reajuste de forma escalonada, com a integralidade sendo quitada dentro de três meses.
No entanto, o texto enfrenta entraves na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que não apresentou parecer dentro do prazo, impedindo a votação no plenário.
Diante desse impasse, o sindicato alerta que a situação compromete diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores e cobra mais responsabilidade dos vereadores. “A Câmara precisa tratar essa questão com prioridade e urgência. Os servidores não podem pagar o preço por essa queda de braço entre Legislativo e Executivo”, reforçou o presidente da entidade.
Agora, os trabalhadores aguardam um posicionamento oficial dos vereadores e cobram a votação do reajuste o mais rápido possível, para que o aumento seja aplicado na folha de pagamento sem mais atrasos.