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POLÍTICA MT Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024, 13:38 - A | A

Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024, 13h:38 - A | A

SERÁ LEVADO AO PLENÁRIO

Rodrigo Arruda e Sá garante que caso de vereador será discutido com seriedade; veja vídeo

"Vamos reunir todos os documentos e, se houver elementos suficientes, o processo será aberto e levado ao plenário", concluiu.

Ana Barros

 

O presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), rebateu as críticas de vereadores da oposição que cobraram agilidade no processo disciplinar contra o parlamentar, acusando a comissão de agir de forma protetiva e omissa. Rodrigo  afirmou que o caso já estava previsto para ser discutido em reunião marcada para a próxima quarta-feira (25).

 

 

Em conversa com a imprensa nesta sexta-feira (20), Arruda esclareceu que o pedido para abertura de um processo disciplinar contra Paulo Henrique foi protocolado no dia 10 de junho, logo após a deflagração da primeira fase da Operação Ragnatela, quando o vereador foi alvo de mandados de busca e apreensão. O presidente da Comissão destacou que o colegiado tem adotado uma postura cautelosa, aguardando novos desdobramentos das investigações.

 

"Recebemos o pedido no dia 24 de junho e, imediatamente, convocamos uma reunião. A Polícia Federal nos enviou o inquérito três dias depois, um documento com mais de 5 mil páginas. O parecer inicial da Procuradoria da Câmara foi pelo arquivamento, pois, àquela altura, não havia indícios suficientes contra o vereador. Porém, entendemos que seria prudente aguardar uma análise mais profunda com base no material entregue pela PF. Solicitamos, então, um prazo de 45 dias", explicou Rodrigo Arruda.

Segundo o presidente da Comissão, o prazo terminou no último domingo (15) e, antes mesmo da prisão de Paulo Henrique, a reunião para tratar do caso já estava agendada. "Ontem mesmo já tínhamos marcado a reunião para o dia 25. Agora, requisitamos mais informações à Polícia Federal para entender as razões da prisão e deliberar com mais clareza sobre o processo", completou.

Críticas da Oposição

Vereadores da oposição, como Dilemário Alencar (União) e Demilson Nogueira (PP), criticaram a Comissão de Ética por suposta lentidão no caso, alegando tratamento desigual em comparação ao processo de cassação da vereadora Edna Sampaio (PT), que teria sido concluído em cerca de 90 dias. Dilemário chegou a afirmar que, caso não haja uma ação efetiva contra Paulo Henrique, ele apresentará um pedido para a criação de uma comissão processante na sessão da próxima terça-feira (24).

Rodrigo Arruda, por sua vez, rebateu as acusações de omissão e defendeu o trabalho da Comissão. "É muito fácil falar de omissão agora, depois da prisão. A Comissão de Ética sempre foi transparente em suas ações. Não recebemos nenhuma solicitação formal de esclarecimento por parte dos vereadores que agora nos acusam. Parece que alguns querem apenas ganhar palanque com discursos inflamados, mas não vamos permitir essa manipulação", disse Arruda.

 

O presidente garantiu que a prisão de Paulo Henrique será analisada com seriedade. "A Polícia Federal não prende ninguém sem fortes indícios, e isso será considerado. Vamos reunir todos os documentos e, se houver elementos suficientes, o processo será aberto e levado ao plenário", concluiu.

 

Operação Pubblicare

A prisão de Paulo Henrique ocorreu durante a segunda fase da Operação Ragnatela, batizada de Pubblicare, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e a realização de eventos ilícitos ligados à facção criminosa Comando Vermelho. O vereador é acusado de atuar como intermediário entre a facção e servidores públicos, facilitando a realização de shows e eventos na capital, mesmo sem as devidas autorizações legais.

A reunião da Comissão de Ética, marcada para o dia 25, promete ser crucial para o futuro político de Paulo Henrique, com o risco de abertura de um processo que pode culminar em sua cassação.

 
 
 

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