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POLÍTICA NACIONAL Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024, 08:41 - A | A

Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024, 08h:41 - A | A

DATAFOLHA

Rejeição a Boulos chega a quase 60%

Pesquisa aponta que 58% dos eleitores não votariam no candidato do PSOL; Ricardo Nunes aparece com 37% de rejeição

O Antagonista

 

Na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 10, a primeira do segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) aparece como o candidato com maior rejeição.

De acordo com o levantamento, 58% dos eleitores afirmam que não votariam no deputado federal “de jeito nenhum”. Por outro lado, o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), registra uma rejeição bem menor, com 37% dos eleitores dizendo que não votariam nele.

A rejeição elevada é um fator determinante que pode influenciar os resultados finais no dia 27 de outubro, quando ambos os candidatos voltarão às urnas.

Cenário de intenções de voto

A pesquisa, realizada nos dias 8 e 9 de outubro, aponta uma vantagem significativa de Ricardo Nunes sobre Guilherme Boulos em termos de intenções de voto.

O prefeito tem 55% das intenções, enquanto o deputado do PSOL aparece com 33%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Entre os eleitores, 30% afirmam que votarão com certeza em Boulos, enquanto 11% ainda podem considerá-lo. No caso de Nunes, esses números são mais robustos, com 48% afirmando que votarão com certeza e 25% indicando que talvez o escolham.

A pesquisa foi encomendada pela Folha de S. Paulo e pela TV Globo e está registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-04306/2024.

Rejeição e estratégias de Boulos

O histórico de rejeição de Boulos é um problema que persiste desde o primeiro turno, quando ele já apresentava uma das maiores taxas entre os candidatos. Na véspera da votação do primeiro turno, o deputado do Psol registrava 38% de rejeição, atrás apenas de Pablo Marçal (PRTB), com 53%, e José Luiz Datena (PSDB), com 39%.

Boulos tem enfrentado dificuldades para reduzir esse índice, que nunca caiu abaixo de 35% desde o início de agosto. Ele buscou suavizar sua imagem ao longo da campanha, tentando se apresentar como um parlamentar mais moderado, distanciando-se das críticas de radicalismo e invasor que seus adversários frequentemente usam para atacá-lo.

Para isso, o candidato ajustou sua vestimenta, aparecendo com mais frequência de terno, e adotou um discurso mais contido, diferente dos tempos em que liderava o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

No entanto, os resultados mostram que suas tentativas de moderação não foram suficientes para mudar significativamente a opinião do eleitorado. No primeiro turno, Boulos viu sua rejeição subir, enquanto Datena, após uma série de polêmicas, tomou a liderança nesse quesito. Agora, sem o ex-apresentador na disputa, o candidato do PSOL volta a liderar em rejeição.

Eleitores de Marçal e Nunes

Os eleitores de Pablo Marçal, que terminou o primeiro turno em terceiro lugar com 28,14% dos votos, se mostram majoritariamente contrários a Boulos. Segundo a pesquisa, 92% dos que votaram em Marçal afirmam que não votarão no candidato do PSOL no segundo turno. Por outro lado, apenas 9% desses eleitores rejeitam Nunes.

Além disso, entre os que apoiaram Ricardo Nunes no primeiro turno, 85% rejeitam Boulos, enquanto o índice de rejeição ao atual prefeito é de 32% entre eleitores de Tabata Amaral (PSB), que é uma das bases de apoio que o psolista tenta conquistar.

 
 
 

 

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