O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), reagiu com duras críticas à sugestão do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que sugeriu à população comer banana com casca como forma de enfrentar a alta nos preços dos alimentos. A declaração, feita em um vídeo publicado em fevereiro, gerou polêmica e foi posteriormente apagada das redes sociais.

Fávaro questionou a postura do governador, afirmando que ele estava "zombando" dos cidadãos mineiros ao invés de adotar medidas mais eficazes, como a redução de impostos estaduais sobre a cesta básica. O ministro lembrou que Zema, ao mesmo tempo, havia publicado um decreto que aumentava o ICMS sobre os alimentos essenciais, agravando ainda mais a situação.

“Ele zomba da cara do povo mineiro dizendo que uma maneira de combater a alta dos alimentos é comer banana com casca. Mas faz pior. Ele acaba de publicar o decreto 49.000/2025, que altera para maior a alíquota do ICMS para os alimentos que entram em Minas Gerais”, disse Fávaro em suas redes sociais.

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Fávaro ainda fez um apelo à sensibilidade de Zema, destacando as diferenças de classe social e como as políticas adotadas pelo governador afetam diretamente a população mais vulnerável. "O senhor é um homem rico e talvez não sinta o peso do preço dos alimentos. Mas o povo mineiro sente. Enquanto trabalhamos para reduzir impostos e garantir comida na mesa dos brasileiros, você aumenta tributos para arrecadar mais? Tenha sensibilidade", completou.

O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem adotado uma política de isenção de impostos sobre alimentos e incentivado os estados a seguirem o mesmo caminho, visando conter a inflação e aliviar a pressão sobre as famílias brasileiras. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também fez um apelo para que os estados reavaliem a cobrança do ICMS sobre a cesta básica, especialmente os que ainda mantêm a tributação.

Estados como Piauí e Maranhão já tomaram medidas para reduzir a carga tributária sobre alimentos, enquanto Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Goiás justificam a não redução do ICMS devido a dificuldades fiscais, o que tem gerado divisões políticas e econômicas em todo o país.