A fila de espera por cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou 26% em 2024 em comparação com o ano anterior, mesmo após a implementação do Programa Nacional de Redução das Filas, lançado pelo Ministério da Saúde em 2023. O programa previa incentivos financeiros para estados e municípios a fim de acelerar os atendimentos, mas os números mostram que a demanda continua crescendo.
De acordo com dados obtidos pelo Jornal Nacional, da TV Globo, via Lei de Acesso à Informação, mais de 1,3 milhão de brasileiros aguardam por cirurgias eletivas, procedimentos não urgentes que dependem de agendamento. São Paulo e Minas Gerais, os dois estados mais populosos do país, concentram quase metade desses pacientes, somando mais de 600 mil pessoas na fila.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o governo busca reduzir o tempo de espera, estabelecendo prazos para especialidades críticas, como tratamento de câncer (30 dias para diagnóstico e encaminhamento) e outras especialidades (60 dias).
Apesar dos esforços, a média de espera no SUS chega a dois anos e quatro meses, com cirurgias de catarata liderando a demanda.