Em seu documentário, o cantor Belo revelou o trágico momento em que foi preso pela primeira vez após ser condenado a cumprir seis anos de prisão por tráfico de drogas e associação ao tráfico pela juíza da 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
No relato lançado no Globoplay na última quinta-feira (28), o artista deu detalhes da prisão que ocorreu em 2002, em que ficou 37 dias na carceragem da Delegacia Antissequestro (DAS), e do retorno em 2004 em regime fechado.
O cantor foi foragido e encontrado em um quarto "falso" que ficava entre as paredes da mansão em que morava com sua ex-companheira, Viviane Araújo, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Zaqueu Teixeira, ex-chefe da Polícia Civil, revelou que chegou até Belo por acaso, após investigar suspeitos de tráfico de drogas através de interceptações telefônicas. "Nós jogamos a tarrafa para buscar o que tinha em razão do tráfico de drogas e aí fomos pescando aquilo que vinha pela tarrafa. E, nessa pescaria, acabou caindo essa gravação do Belo, mostrando a participação dele", explicou.
"Um dos alvos monitorados com interceptação telefônica era um traficante, líder no Jacarezinho, chamado de Vado. Nessas conversas, eles demonstravam uma certa intimidade, uma relação pessoal que não era uma coisa ocasional", declarou Zaqueu.
De acordo com os áudios investigados, Vado apareceu pedindo para que o pagodeiro pagasse um carregamento de cocaína. O nome do músico também estava associado com a compra de um fuzil AR-15, que queria usar como decoração na parede de casa.
Belo comentou que se arrependeu desse momento da sua vida. "Ter falado no telefone um minuto e alguns segundos com esse cara, com certeza foi o maior erro que eu cometi na minha vida", comentou.
"Um dia, eu entrei aqui de cabeça baixa, sendo envergonhado e passando no mundo inteiro. E, hoje, eu entro aqui de cabeça erguida, com todo mundo me respeitando como o artista que eu sou", finalizou.
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