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AGRONEGÓCIO Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2025, 08:33 - A | A

Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2025, 08h:33 - A | A

REVISÃO GERAL

Caramuru revisa balanços após suspeita de propina de R$ 6,2 milhões

A investigação interna da empresa identificou que os pagamentos teriam ocorrido em quatro operações para evitar autuações relacionadas ao recolhimento de PIS/Cofins

 

A Caramuru Alimentos anunciou que irá revisar seus balanços financeiros de 2021 a 2023 após a descoberta de indícios de pagamento de propina no valor de R$ 6,2 milhões a um fiscal da Receita Federal.

 

A investigação interna da empresa identificou que os pagamentos teriam ocorrido em quatro operações para evitar autuações relacionadas ao recolhimento de PIS/Cofins.

 

A informação foi divulgada através de um fato relevante publicado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 

A descoberta do esquema levou ao desligamento de três funcionários da companhia, sendo dois deles diretamente envolvidos e um indiretamente.

 

A Caramuru, que mantém sua classificação na CVM como "Categoria A" para emissão de títulos, afirmou que cabe à CVM decidir os próximos passos da investigação nas esferas criminal e cível. A empresa, no entanto, não revelou os nomes dos envolvidos por questões éticas.

 

As suspeitas surgiram durante um processo de auditoria interna em que a consultoria Deloitte recebeu uma denúncia anônima sobre a gestão tributária da empresa.

 

No curso da investigação, mensagens entre funcionários da Caramuru e o fiscal da Receita Federal foram encontradas, sugerindo que a empresa teria sido alvo de extorsão.

 

Após apuração aprofundada, foi constatado que pagamentos indevidos ocorreram entre 2014 e 2017.

 

Com a revelação, a Deloitte decidiu não auditar os balanços da empresa referentes a 2023, o que motivou a Caramuru a contratar um novo auditor, a Ernst & Young.

 

companhia justificou a mudança afirmando que a decisão foi tomada por "boas práticas de governança corporativa".

 

Apesar das investigações e das medidas adotadas, o presidente do Conselho de Administração, Gustavo Loyola, reforçou o compromisso da Caramuru com a transparência.

 

O diretor-presidente, Marcus Thieme, afirmou que a empresa continua apresentando resultados financeiros positivos, com lucro em 2024 superior ao de 2023 e uma situação de caixa robusta, com mais de R$ 2,5 bilhões disponíveis.

 

A Caramuru, que atua há mais de 60 anos no agronegócio brasileiro, opera nos estados do Amapá, Goiás, Pará, Paraná, Mato Grosso e São Paulo.

 

A empresa é conhecida por sua marca Sinhá, além de fornecer insumos para indústrias de alimentos, cervejarias e mineração.

 

O impacto das investigações nos balanços financeiros e na imagem da companhia ainda está por ser totalmente dimensionado.

 

 

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