Por Mila Schneider-Lavelle*
Após meses em cativeiro nas mãos do Hamas, quatro soldadas israelenses foram finalmente libertadas nesta última semana, trazendo alívio e esperança para suas famílias e para toda a nação. Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram capturadas durante o ataque brutal de 7 de outubro de 2023, quando terroristas invadiram a base de Nahal Oz e sequestraram diversos militares. Agora, de volta an Israel, começam uma nova batalha: a de recuperação do trauma físico e emocional deixado pelo período de sequestro.
Karina Ariev, 20 anos (Petah Tikva) (foto em destaque)
Karina foi sequestrada enquanto cumpria seu serviço militar em Nahal Oz. Dias antes, ela havia enviado mensagens à família dizendo que estava animada para sua nova fase no exército. Sua última comunicação antes de ser levada foi um telefonema rápido para os pais, no qual expressou medo diante do ataque iminente. Durante o cativeiro, ela sofreu ferimentos e apareceu em vídeos divulgados pelo Hamas com a cabeça enfaixada, sugerindo que recebeu tratamento inadequado para os machucados.
Daniella Gilboa 20 anos (Petah Tikva)
Daniella, amante da música e pianista, estava na mesma base quando foi sequestrada. Em um dos vídeos divulgados pelos terroristas, apareceu visivelmente abalada, pedindo ao governo israelense que fizesse mais esforços para sua libertação. Durante meses, sua família não teve qualquer informação concreta sobre seu estado de saúde ou sobre as condições às quais estava submetida.
Naama Levy, 20 anos (Kfar Saba)
Naama Levy cresceu entre Israel e a Índia, onde estudou em uma escola americana. Antes de ser sequestrada, participou de iniciativas de paz entre israelenses e palestinos, o que torna ainda mais chocante o fato de ter sido vítima da violência extremista do Hamas. Durante seu tempo como refém, foi forçada a seguir ordens dos sequestradores e chegou a aparecer em um vídeo sendo brutalmente empurrada para um carro, enquanto multidões gritavam palavras de apoio ao Hamas.
Liri Albag, 19 anos (Ganei Tikva)
Liri foi sequestrada apenas um dia e meio após iniciar seu serviço militar. Durante o cativeiro, foi obrigada a realizar tarefas domésticas para seus sequestradores, incluindo cozinhar, limpar e cuidar dos filhos dos terroristas. Essas condições desumanas foram relatadas por ex-reféns que testemunharam os abusos sofridos pelas mulheres sequestradas.
O que as soldadas enfrentaram no cativeiro?
As quatro soldadas passaram meses em condições desumanas. Relatos de outros reféns libertados indicam que as mulheres sequestradas foram submetidas a abusos físicos e psicológicos, privadas de higiene básica, expostas à fome e ao medo constante de serem mortas. O Hamas utilizou algumas delas para produzir vídeos de propaganda, nos quais apareciam fragilizadas e implorando por suas vidas.
Além disso, há indícios de que foram forçadas a cuidar dos filhos de seus captores e a realizar trabalhos forçados, o que evidencia mais uma violação dos direitos humanos praticada pelo grupo terrorista.
A libertação e a esperança para outros reféns
A libertação dessas quatro jovens foi resultado de negociações intensas entre Israel, Catar, Egito e outros intermediários internacionais. As reféns foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e imediatamente transferidas para Israel, onde receberam atendimento médico e psicológico antes de se reencontrarem com suas famílias.
As imagens dos reencontros foram emocionantes, com abraços longos e lágrimas de alívio. No entanto, a alegria dessas famílias não diminui a dor de outras que ainda esperam notícias de seus entes queridos. Estima-se que mais de cem reféns ainda permaneçam sob poder do Hamas, sem qualquer garantia de segurança ou retorno.
O impacto da libertação e o futuro das negociações
A volta dessas soldadas representa um passo importante, mas a luta por justiça e pela libertação dos demais reféns continua. A comunidade internacional segue pressionando pelo fim da violência e por soluções diplomáticas que garantam o retorno seguro de todos os sequestrados.
Enquanto isso, as jovens libertadas agora terão que enfrentar um longo processo de recuperação, tanto físico quanto emocional. O trauma de meses de tortura, medo e desumanização não será facilmente superado, mas o apoio da família, dos amigos e da sociedade israelense será fundamental para ajudá-las a reconstruir suas vidas.
*Mila Schneider-Lavelle é especialista em Marketing e Teologia, com experiência como Head Manager de Marketing. Influenciadora digital com foco em temas internacionais, especialmente sobre o Oriente Médio.
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