O Brasil teve aumento de 1,6% nos casos de feminicídio registrados em 2023 em comparação com o ano anterior, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) publicados nesta quinta-feira (7/3).
Foram 1.463 vítimas de feminicídio ao longo de 2023, o maior número registrado desde que a lei foi criada, em 2015. O levantamento mostra que 18 unidades da federação apresentaram uma taxa de feminicídio acima da média nacional, de 1,4 vítimas para cada 100 mil mulheres.
O Mato Grosso foi o estado com a maior taxa de feminicídio no ano passado, foram 2,5 mortes para cada 100 mil mulheres. Apesar do índice elevado, o estado teve uma queda de 2,1% na taxa de vítimas.
Empatados em segundo lugar, Acre, Rondônia e Tocantins possuem uma taxa de 2,4 mortes por 100 mil mulheres. Na terceira posição aparece o Distrito Federal, com 2,3 vítimas para cada 100 mil.
O Distrito Federal teve um aumento de 78,9% na taxa de feminicídio, passando de 19 vítimas em 2022 para 34 no ano passado.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública destaca, no entanto, que a Polícia Civil do Ceará tem reconhecido um número muito baixo de feminicídio quando comparado com o total de mulheres mortas no estado. Segundo a pesquisa, essa diferença pode representar uma subnotificação dos casos.
Em 2022, por exemplo, 264 mulheres foram assassinadas, mas apenas 28 casos foram tipificados como feminicídios no Ceará.