O Brasil tem 392.724 casos prováveis de dengue, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (7). O ministério também confirmou 54 mortes pela doença no país.
Outras 273 mortes estão sendo investigadas para saber se há relação com a dengue.
De acordo com o monitoramento do ministério, a maior parte dos casos prováveis são mulheres (54,9%) entre 30 e 39 anos (42.204 casos).
Com 135.716 casos prováveis, Minas Gerais é o estado com mais diagnósticos. Na sequência estão São Paulo (61.873), Distrito Federal (48.657), Paraná (44.200) e Rio de Janeiro (28.327). Na análise do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, a capital federal lidera com 1.727,2 casos por 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (660,8) e o Acre (539,1).
Líder na incidência por 100 mil habitantes, o Distrito Federal deve receber do governo federal 194 mil doses de vacina ainda nesta semana. O governo do DF também anunciou o aumento no número de tendas de acolhimento para pacientes com suspeita de dengue, eram nova e agora serão 18.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), falou sobre o início da vacinação. “Vai nos permitir, em um esforço nacional, ter possibilidade de transferência de tecnologia e mobilizar a capacidade de produção nacional para aumentar rapidamente [o número de doses disponíveis]. Mas isso não se faz da noite para o dia”, disse Trindade.
Em outro momento, Nísia afirmou que o ministério está finalizando o processo de criação de um calendário para distribuição das doses aos municípios. A chefe da pasta da saúde disse ainda que a vacina não deve ser visto como “instrumento mágico”. “A vacina não deve ser vista como um instrumento mágico, como nós dizemos. Porque precisa de duas doses e intervalos de três meses. Além do que já foi amplamente divulgado, que, neste momento, a oferta do laboratório é restrita”, destacou a ministra, ressaltando, em seguida, que a vacina é “instrumento muito importante e muito sério”.
A ministra também descartou um decreto de emergência nacional pela doença. “Nós estamos com uma coordenação das operações de emergência já instaurado desde sábado. Neste momento, essa é a estratégia do ponto de vista nacional que consideramos adequada. Temos que ver que, em um país com as dimensões do Brasil, e com diferenças socioambientais, regimes de chuva, nesse momento não faz sentido (decretar) uma emergência nacional. O que não quer dizer que não estejamos em estado de alerta de preocupação nacional”, afirmou.