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ECONOMIA Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024, 15:22 - A | A

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024, 15h:22 - A | A

EM DÓLAR

BC vende US$ 845 milhões em leilão à vista

Taxa de corte foi de R$ 6,02; oferta total era de US$ 1 bilhão

CNN

 

O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (13) que realizou um leilão à vista de dólar. O objetivo é ofertar a moeda e manter a estabilidade do mercado financeiro.

Segundo o BC, foram vendidos cerca de US$ 845 milhões para nove propostas. Em nota, a autarquia disse que a taxa de corte foi de R$ 6,02.

Ao todo, o Banco Central estava ofertando US$ 1 bilhão para entrar em circulação.

Além deste, a autarquia também anunciou nesta semana um leilão de linha e um de swap.

Uma operação do tipo – á vista – foi realizada pela última vez em 30 de agosto deste ano.

Câmbio deteriorado
As operações vêm em meio a um momento no qual o dólar é cotado em torno de R$ 6, impulsionado principalmente por temores em relação ao cenário fiscal do país, mas também com a expectativa de que o novo governo de Donald Trump possa significar uma inflação mais forte nos Estados Unidos e um dólar mais forte no mundo.

Por volta das 15h35, o dólar seguia em alta de 0,72%, negociado em R$ 6,0345. Porém, nota-se uma desaceleração em relação ao pico atingido no dia, de R$ 6,077.

“O dólar, no início da tarde, mais uma vez, começou a ganhar muita força. A gente sabe porquê: tem risco de desidratação dos projetos [fiscais], morosidade. O governo acha que chegando à meta fiscal está resolvido, mas não é assim. Meta é diferente da situação [a longo prazo] do país”, diz Emerson Junior, head de câmbio na Convexa Investimentos.

Por trás das tenções, Alexandre Cabral, professor da Saint Paul Escola de Negócios, reforça o peso do pacote fiscal.

Além de as medidas terem sido apontadas como insuficientes para estabilizar a dívida pública, a avaliação é de que o governo errou ao anunciar uma medida de renúncia fiscal – a reforma do Imposto de Renda (IR) – em paralelo ao pacote de contenção.

Além disso, o que vem tensionando o mercado nos últimos dias é a tramitação das medidas, sobre as quais se esperava maior celeridade pela urgência da questão.

“O pacote travou, desapareceu. Não era tão emergencial assim? Que emergencial é esse que não anda?”, questiona Cabral.

“Não podemos colocar a culpa no mundo, o câmbio está tranquilo lá fora. O Banco Central deu um recado duro na quarta-feira [11], e o governo não está fazendo nada desde então”, conclui.

O especialista em câmbio indica que uma ação tão direta como um leilão à vista vem em meio a um temor com a possível fuga de capital do país.

Por trás disso, Cabral aponta a possibilidade tanto de distribuição de dividendos por parte das empresas como o investidor buscando escapar do cenário incerto brasileiro. Porém ele ressalta que a motivação só deve ficar clara após a divulgação de relatório por parte do BC.

 

Contudo, Emerson Junior avalia que o leilão sozinho não deve conter a deterioração do câmbio.

“A gente vai precisar de um pouco mais de tempo para ver. Se fosse algo pontual, apenas um problema lá fora… mas a questão é interna. O mercado não é o problema, é um termômetro. Quando você está com febre não briga com o termômetro, sim ataca a causa da febre”, pontua o analista da Convexa Investimentos.

 
 
 

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