Após quatro anos de investigação, o ex-policial militar do Batalhão Ambiental da PM de Rondonópolis, Edvan de Souza Santos, foi condenado pelo assassinato de Terezinha Silva de Souza, então diretora do Serviço de Saneamento Ambiental (Sanear). O Conselho de Sentença determinou que ele cumpra 25 anos e 6 meses de reclusão pelo homicídio qualificado e 7 meses de detenção por lesão corporal.
O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (19) no Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, sob a presidência do juiz Leonardo de Araujo Costa Tumiati.
Terezinha foi executada a tiros em 15 de janeiro de 2021, no Centro de Rondonópolis, enquanto aguardava em um semáforo no cruzamento entre a Rua Otávio Pitaluga e a Avenida Dom Wunibaldo. Dois homens em uma motocicleta vermelha, modelo CB 300, se aproximaram do veículo onde a vítima estava e dispararam contra ela. Na época, Terezinha tinha 54 anos e estava a caminho do trabalho.
Em entrevista, a sobrinha da vítima, Camila Souza, expressou alívio com o veredito, embora ainda sinta a dor da perda. "Não é satisfação completa porque não sabemos a motivação deste crime, quem foi o mandante e quem atirou, mas já nos sentimos realizados por saber que quem contribuiu para essa tragédia está pagando por isso", disse.
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pela delegada Karla Peixoto Ferraz, indicaram que o crime pode ter sido cometido por pistoleiros profissionais, com a possibilidade de ser um assassinato encomendado. Em junho de 2022, Edvan foi preso, acusado de ser um dos executores. As investigações revelaram que a motocicleta e a arma utilizadas no crime eram as mesmas de outros quatro homicídios nos quais Edvan também é suspeito.
