Na última terça-feira (18), o juiz Rafael Deprá Panichella, da 2ª Vara Criminal de Sorriso (MT), decidiu manter a prisão de um professor da rede estadual de ensino, que foi preso em flagrante no dia 17 de março, acusado de aliciar alunos da Escola Mário Spinelli para integrar uma facção criminosa. Durante a audiência de custódia, o juiz determinou que o suspeito continuasse detido, enquanto as investigações seguem em andamento.
O professor, cuja identidade não foi revelada pela polícia, é acusado de envolvimento em crimes graves, como sequestro, tortura e organização criminosa. Segundo as investigações da Polícia Civil, ele teria ordenado "salves" contra alunos que não seguiam as orientações de um grupo criminoso.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) emitiu uma nota confirmando a exoneração do docente e informando que já foram tomadas as medidas administrativas necessárias. Além disso, a Seduc está realizando ações psicossociais para apoiar a comunidade escolar afetada pela situação.
As investigações começaram após a polícia ser informada sobre um sequestro que envolveu quatro alunos, com idades entre 12 e 14 anos. As vítimas foram atraídas para fora da escola, onde foram rendidas, ameaçadas e forçadas a seguir as ordens de outros estudantes ligados à facção criminosa. De acordo com as apurações, o professor, conhecido por um apelido que faz referência a um grupo criminoso, teria sido o responsável por ordenar o castigo.
O suspeito também é investigado por supostos casos de assédio sexual a alunos com idades entre 13 e 15 anos, oferecendo vantagens como notas, presença nas aulas, dinheiro e até drogas em troca de favores.
A Polícia Civil segue apurando os detalhes do caso e busca identificar outros crimes em que o professor possa ter estado envolvido.