A família de Roberto Zampieri, de 56 anos, expressou sua profunda indignação com a recente atitude do Ministério Público Estadual (MPE), que solicitou a destituição de Giovani Santin, advogado que defende os interesses da família no processo que investiga o assassinato do jurista. Em uma resposta formal dirigida à 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Adriana Ribeiro Garcia Bernardes Zampieri, esposa da vítima e assistente de acusação, qualificou a petição do MPE como "absurda" e "equivocada".
Adriana Zampieri enfatizou que, em nenhum momento, sua atuação ou a de seu advogado se opôs aos interesses do Ministério Público na condução do caso. Ela explicou que a assistência de acusação tem sido zelosa em proteger a privacidade da família, principalmente no que tange aos dados extraídos do celular de Roberto Zampieri. "As divergências com o Ministério Público ocorreram apenas no que diz respeito ao excesso", afirmou Adriana, argumentando que informações que não estão relacionadas ao homicídio devem ser mantidas em sigilo.
Na resposta, Adriana também destacou que evitou apresentar qualquer requerimento que pudesse atrasar o processo, sempre respeitando a linha acusatória estabelecida pelo MPE. Ela reiterou o desejo da família de ver os responsáveis pelo crime julgados e condenados, afirmando que nenhum ato foi ou será feito com a intenção de prejudicar o andamento da ação penal.
A família também solicitou que a questão da destituição do advogado seja analisada apenas no momento da sentença, a fim de evitar atrasos no processo. "A família da vítima, mais do que qualquer outra pessoa ou instituição, deseja ver os responsáveis pelo brutal assassinato de Roberto Zampieri julgados e condenados", concluiu Adriana.
Por fim, a defesa requereu que os autos do processo sejam encaminhados imediatamente ao Ministério Público para a apresentação das alegações finais, por meio de memoriais, e que o pedido de destituição do advogado Giovani Santin seja rejeitado.
