A Justiça determinou que os herdeiros do ex-deputado estadual Pedro Inácio Wiegert, mais conhecido como Pedro Satélite, sejam incluídos no polo passivo de uma ação judicial referente à Operação Rota Final, que investiga um esquema de corrupção e fraudes no transporte rodoviário intermunicipal.
A decisão foi emitida pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, e foi disponibilizada nesta quinta-feira,31.
Pedro Satélite, que faleceu em janeiro deste ano aos 68 anos devido a um câncer no pâncreas, era um dos principais investigados pela operação.
A Operação Rota Final, deflagrada em 2018, tinha como objetivo apurar denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em processos licitatórios no setor de transporte coletivo.
Com o falecimento do ex-deputado, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso solicitou a inclusão dos seus herdeiros na ação, visando a responsabilidade por eventuais ressarcimentos ao erário.
Segundo o juiz Bruno D’Oliveira Marques, a ausência de um inventário formal e de um inventariante levou à necessidade de incluir diretamente todos os sucessores do ex-parlamentar como réus no processo.
“A inclusão dos herdeiros será feita exclusivamente para eventual ressarcimento ao erário pelo dano causado pelo falecido, conforme entendimento jurisprudencial”, declarou o magistrado. Ao todo, cinco herdeiros foram integrados ao polo passivo do processo.