O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Alexandre Martins Ferreira, decidiu nesta quinta-feira (27) manter apreendido o celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro do ano passado.
A decisão foi tomada em resposta ao pedido do Ministério Público Estadual, que apontou a necessidade de manter a apreensão do aparelho devido a questionamentos em correição policial e um inquérito policial em andamento.
No início da semana, o juiz havia autorizado a devolução do celular para a viúva de Zampieri, mas após a manifestação do MPMT, decidiu revogar sua própria decisão.
Além dos argumentos do órgão ministerial, o juiz considerou os pedidos da defesa do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de ser o intermediador ou financiador do assassinato.
Os advogados do coronel, assim como os réus Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, solicitaram acesso aos dados do celular de Zampieri para formularem suas defesas.
Diante disso, o juiz determinou a permanência da apreensão do aparelho até ulteriores deliberações, visando garantir a cadeia de custódia e a integridade das provas.
O advogado Roberto Zampieri foi morto a tiros em dezembro de 2023, quando saía de seu escritório em Cuiabá.
O coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas foi preso em janeiro de 2024, apontado como financiador da execução.
O executor, Antonio, e Hedilerson Fialho Martins Barbosa também foram presos posteriormente.
O caso continua em andamento, com novas deliberações a serem tomadas.