O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou Francisvaldo Mendes Pacheco, ex-chefe de gabinete do falecido ex-deputado estadual Romoaldo Júnior, e o advogado Júlio César Domingues Rodrigues, por envolvimento em um esquema que desviou R$ 9 milhões da Assembleia Legislativa do Mato Grosso em 2014.
Francisvaldo foi condenado a 3 anos de prisão por peculato, enquanto Júlio César recebeu 4 anos por extorsão. Ambas as penas serão cumpridas em regime aberto.
As condenações surgem da Operação Ventríloquo, que investigou desvios financeiros relacionados ao pagamento de uma dívida da Assembleia com o extinto Banco Bamerindus.
Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o esquema envolvia um acordo para devolver R$ 4,5 milhões aos líderes da Assembleia, que incluía Romoaldo Júnior e o ex-deputado José Riva.
Francisvaldo Pacheco foi absolvido das acusações de organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas o juiz confirmou que ele se aproveitou de sua posição pública para obter ganhos ilícitos.
Já Júlio César extorquiu R$ 1 milhão de Romoaldo Júnior para não revelar sua participação no esquema.
As penas atribuídas foram reduzidas devido às confissões dos réus, e as sentenças ainda cabem recurso.