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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 14:20 - A | A

Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 14h:20 - A | A

FORA DA LISTA

Juiz pede que MP explique porque vereador de Cuiabá não foi denunciado por suspeita de lavar dinheiro para o CV

A operação já resultou na denúncia de 14 réus, mas agora levanta questionamentos sobre a inclusão de outros envolvidos, que, segundo o magistrado, apresentam situações semelhantes

 

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que o Ministério Público (MP) explique a omissão de denúncias contra sete alvos da Operação Ragnatela, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro vinculado à facção criminosa Comando Vermelho.

 

A operação já resultou na denúncia de 14 réus, mas agora levanta questionamentos sobre a inclusão de outros envolvidos, que, segundo o magistrado, apresentam situações semelhantes.

 

Os sete indivíduos, identificados como integrantes do chamado "Grupo G12", são:

 

Antidia Tatiane Moura Ribeiro, Danilo Lima de Oliveira, Everton Marcelino Muniz, Renan Diego dos Santos Josetti, Stheffany Xavier de Melo Silva e Vinicius Pereira da Silva.

 

Estes promotores de eventos, que atuavam em Cuiabá, são suspeitos de usar suas atividades para lavar dinheiro da facção, especialmente em shows realizados na cidade.

 

Além disso, o juiz questionou o MP sobre o vereador Paulo Henrique de Figueiredo Masson (MDB), que também não foi denunciado, mas que é investigado por sua suposta colaboração com o esquema ao facilitar as licenças necessárias para a realização dos eventos em troca de retorno financeiro.

 

O magistrado pediu uma manifestação fundamentada do MP sobre a possibilidade de arquivamento ou a necessidade de instaurar um inquérito complementar.

 

Na mesma decisão, o juiz tornou réus outros 14 alvos da operação, incluindo nomes como Ana Cristina Brauna Freitas e Matheus Araújo Barbosa.

 

Ele também determinou a manutenção da prisão preventiva de cinco réus, considerados líderes e operadores do esquema, devido à gravidade das acusações e à falta de justificativas para a soltura.

 

A Operação Ragnatela, que já cumpriu diversas ordens de prisão e apreensão, revelou um esquema complexo de lavagem de dinheiro, que, entre outros fatos, fez a facção adquirir o Dallas Bar em Cuiabá por R$ 800 mil, pagos em dinheiro proveniente de atividades ilícitas.

 

A investigação continua a desdobrar-se, revelando a intersecção entre crime organizado e atividades legais na capital mato-grossense.

 

 

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